(Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62; Sl 22[23]; Jo 8,1-11)
5ª Semana da
Quaresma.
A liturgia da palavra põe duas mulheres
no centro da narrativa fazendo vir à tona a condição das mesmas numa sociedade
profundamente marcada pelo machismo e pela falta de amparo delas. Também faz
vir à tona, na 1ª leitura, o quanto nossas paixões podem nos cegar, a ponto de
levantar falso testemunho contra quem dissemos um dia estar apaixonados: “Ficaram
desnorteados, a ponto de desviarem os olhos para não olharem para o céu, e se
esqueceram dos seus justos julgamentos” (Dn 13,9). Também aqueles que
cercaram a pecadora surpreendida em adultério se esqueceram que um dia se
deitaram com uma dessas mulheres buscando algum prazer ou afeto: “E
eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais
velhos” (Jo 8,9). O salmista canta a providência divina que faz a
verdade vir à tona e que salva os que N’ele confiam; confiemo-nos também em
meio as tribulações que atravessamos e que a verdade que é Jesus ilumine a
nossa vida: “Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu
temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!” (cf.
Sl 22[23]).
Pe. João Bosco Vieira Leite