Quinta, 20 de abril de 2017

(At 3,11-26; Sl 8; Lc 24,35-48) 
Oitava de Páscoa.
 
O espanto que se apoderara das pessoas que testemunharam a cura do coxo faz com que uma pequena multidão os acompanhe. Pedro vê a necessidade de colocar cada coisa em seu devido lugar. Ele insere a ação de Jesus através deles no contexto da própria história da
salvação, e assim pudessem perceber o apelo de conversão que Deus faz em Jesus para eles nesse novo tempo inaugurado por Sua ressurreição. Os discípulos que experimentaram a presença de Jesus pela Palavra e pela partilha do pão correm para testemunhar aos demais sua experiência, retornando a Jerusalém, mas o próprio Jesus lhes poupa entrar em detalhes quando se apresenta em meio a eles e confirma a Sua ressurreição comendo também diante deles, o Espírito lhes abre a mente para compreenderem e testemunharem Sua vitória e Sua presença entre nós. “A fé pascal, iniciada para os discípulos no encontro com o Ressuscitado, é a fé que cada cristão deve continuamente amadurecer na sua vida. Ela exige, antes de mais nada, todo conhecimento de que Aquele que é o Vivente continua a ser para sempre o Crucificado e que a Sua história de sofrimento não foi anulada com a ressurreição, mais que foi completada e tornada definitiva por ela. Esse conhecimento ajuda-nos a lançar um olhar completamente novo sobre a realidade e opera em nós uma profunda conversão do coração. O Ressuscitado traz sempre os sinais de Sua humilhação e da Sua rejeição, de modo que está para sempre solidário e próximo dos rejeitados, dos humilhados e dos pobres que não contam” (“Lecionário Comentado” – Giuseppe Casarin – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite