Quinta, 27 de abril de 2017

 (At 5,27-33; Sl 33[34]; Jo 3,31-36) 
2ª Semana da Páscoa.

“... nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem” (At 5,27-33). De fato, uma dinâmica nova se impôs na vida dos apóstolos nesse ato de obediência a Deus. Tornaram-se mais intrépidos, e ao mesmo tempo permitindo ser conduzidos, na fala e no agir por Aquele que Jesus prometeu enviar depois de Sua partida. Não é à toa que o tempo pascal se encerra com a festa de Pentecostes. É sob a moção do Espírito que devemos caminhar sempre, nessa invocação diária de Sua presença. Jesus dá Aquele que o Pai lhe deu sem medida: o Espírito. Em outras palavras, trata-se do amor que transita entre os dois, não só revelando a intimidade, mas selando o compromisso de salvar a humanidade. “O Deus de Jesus é claramente Outro em comparação com qualquer ser humano. O amor é a identidade de Deus na sua fisionomia íntima, em toda a sua manifestação externa até o ápice constituído pela encarnação do Filho. A relação entre Deus e os homens é possível, se os seres humanos estiverem conscientes da diversidade de fundo que existe entre eles e o divino e da atitude positiva do amor enquanto eixo condutor da vida. A superioridade divina não significa separação dos indivíduos, tal como o amor divino não quer dizer aceitação bondosa de qualquer opção feita pelo homem. Entre estes dois conhecimentos joga-se, para qualquer pessoa, a possibilidade de viver num modo espiritualmente digno a própria humanidade ou de refletir sobre as opções que prejudicam, mesmo em medida trágica, a sua vida” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).  

 Pe. João Bosco Vieira Leite