Quarta, 26 de abril de 2017

(At 5,17-26; Sl 33[34]; Jo 3,16-21) 
2ª Semana da Páscoa.

“Ide falar ao povo, no templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver” (At 5,20). É bonita essa síntese que o anjo dá da vida cristã: um modo de viver. Não se trata tanto de uma doutrina, mas de um estilo de vida inspirado no modo de viver de Jesus, para que também alcancemos a ressurreição. Assim Nicodemos pode entender a dinâmica do amor que fez com que Deus entregasse seu Filho por amor, como uma luz sobre a humanidade condenada a caminhar nas trevas. Hoje nossos passos podem caminhar na direção dessa Luz pela decisão de nosso coração em fazer do estilo de vida de Jesus também o nosso. “Jesus é uma luz penetrante, que provoca o juízo tornando evidente o que o homem é. Todos aqueles que julgaram e julgam o Deus cristão comprometido, sobretudo em julgar negativamente a vida dos seres humanos, encontram neste trecho um desmentido inequívoco. A relação do Pai de Jesus Cristo com a humanidade quer constantemente, eternamente o bem de todos. Esta realidade dá-se quando a relação humano-divina é efetivamente correspondida. Quem vive segundo uma lógica que não tem nenhuma relação com o amor manifestado por Deus até a morte de Cruz, vive já uma existência pesadamente desumana. Toda a confrontação com a luz da verdade, e, portanto, com o amor de Deus em Jesus Cristo, é cuidadosamente evitada por quem atua nessa escuridão. Isto significa que cada pessoa é responsável pela luminosidade ou escuridão da sua vida em relação com as opções de amor que faz ou que de outro modo rejeita. Do próprio ambiente familiar para o profissional, ou para as relações sociais mais amplas, cada qual pode realizar um tecido de relacionamentos mais ou menos sensatos, mais ou menos felizes em função da capacidade de amar que põe em ação. Perguntar-se qual é a situação da própria vida a este propósito, é o que de mais imediato deve fazer quem lê esta passagem de João” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).  


Pe. João Bosco Vieira Leite