Sábado, 19 de novembro de 2016

(Ap 11,4-12; Sl 143[144]; Lc 20, 27-40) 
33ª Semana do Tempo Comum.

Eis um texto complexo nessa leitura seletiva que faz a liturgia. Não é fácil identificar essas duas testemunhas crucificadas e reavivadas pelo sopro de vida de Deus. É possível fazer uma leitura a partir de personagens bíblicos ou históricos. Alguns atribuem a figura do monstro a Nero e a cidade de Roma e as duas vítimas seriam Pedro e Paulo. Bom, difícil uma certeza, vai depender muito dos ‘óculos’ do interprete, mas, ao menos, fica a certeza da assistência divina que ultrapassa essa vida.

Os saduceus não acreditam na ressurreição e querem surpreender Jesus num casuísmo de uma história mirabolante a partir do direito judaico de descendência (lei do levirato). A resposta de Jesus surpreende os seus ouvintes, pois transcende o mero significado da vida eterna como uma continuação desta. Jesus fala da condição de ressuscitado, como anjos em tornos do Pai comum, onde vínculos matrimoniais e familiares não mais existirão. Para todos, de ontem e hoje, Deus os tem presente, pois a eles, Ele comunica sua vida. 



Pe. João Bosco Vieira Leite