(Ap 11,4-12; Sl 143[144]; Lc 20, 27-40)
33ª Semana do Tempo
Comum.
Eis um texto complexo nessa leitura
seletiva que faz a liturgia. Não é fácil identificar essas duas testemunhas
crucificadas e reavivadas pelo sopro de vida de Deus. É possível fazer uma
leitura a partir de personagens bíblicos ou históricos. Alguns atribuem a
figura do monstro a Nero e a cidade de Roma e as duas vítimas seriam Pedro e
Paulo. Bom, difícil uma certeza, vai depender muito dos ‘óculos’ do interprete,
mas, ao menos, fica a certeza da assistência divina que ultrapassa essa vida.
Os saduceus não acreditam na
ressurreição e querem surpreender Jesus num casuísmo de uma história
mirabolante a partir do direito judaico de descendência (lei do levirato). A
resposta de Jesus surpreende os seus ouvintes, pois transcende o mero
significado da vida eterna como uma continuação desta. Jesus fala da condição
de ressuscitado, como anjos em tornos do Pai comum, onde vínculos matrimoniais
e familiares não mais existirão. Para todos, de ontem e hoje, Deus os tem
presente, pois a eles, Ele comunica sua vida.
Pe. João Bosco Vieira Leite