(Ap 5,1-10; Sl 149; Lc 19,41-44)
33ª Semana do Tempo Comum.
Em sua visão, João contempla, nas mãos
de Deus, um livro que contém a história da humanidade e lamenta que ninguém
possa abri-lo e interpretá-lo. Mas eis que aparece Cristo, o Cordeiro em sua
plenitude de força (sete chifres, sete Espíritos), ele pode receber o livro e
romper os selos, revelando o sentido da nossa história. Pela sua ação em favor
da humanidade, prestam-lhe culto os 24 anciãos, com um cântico novo.
Um breve intervalo na narrativa de
Lucas coloca Jesus nessa contemplação da mesma e seu lamento, enquanto caminha
em sua direção. O profeta (predição) e o humano (choro) aí se misturam nessa
delicadeza do autor sagrado. A grande tônica do texto é o não reconhecer Aquele
que a visita, a falta de acolhimento e a punição pela displicência. A queda da
cidade no ano 70 d. C. seria interpretada como consequência dessa atitude.
Resta-nos lamentar e pedir perdão pelas vezes que não reconhecemos a visita de
Deus em meio as coisas boas e ruins que nos acontecem; menos mal que trazemos o
selo da misericórdia divina.
Pe. João Bosco Vieira Leite