Quinta, 17 de novembro de 2016

(Ap 5,1-10; Sl 149; Lc 19,41-44) 
33ª Semana do Tempo Comum.

Em sua visão, João contempla, nas mãos de Deus, um livro que contém a história da humanidade e lamenta que ninguém possa abri-lo e interpretá-lo. Mas eis que aparece Cristo, o Cordeiro em sua plenitude de força (sete chifres, sete Espíritos), ele pode receber o livro e romper os selos, revelando o sentido da nossa história. Pela sua ação em favor da humanidade, prestam-lhe culto os 24 anciãos, com um cântico novo. 

Um breve intervalo na narrativa de Lucas coloca Jesus nessa contemplação da mesma e seu lamento, enquanto caminha em sua direção. O profeta (predição) e o humano (choro) aí se misturam nessa delicadeza do autor sagrado. A grande tônica do texto é o não reconhecer Aquele que a visita, a falta de acolhimento e a punição pela displicência. A queda da cidade no ano 70 d. C. seria interpretada como consequência dessa atitude. Resta-nos lamentar e pedir perdão pelas vezes que não reconhecemos a visita de Deus em meio as coisas boas e ruins que nos acontecem; menos mal que trazemos o selo da misericórdia divina.


 Pe. João Bosco Vieira Leite