Quarta, 16 de novembro de 2016

(Ap 4,1-11; Sl 150; Lc 19,11-28) 
33ª Semana do Tempo Comum.

Numa visão cheia de símbolos, ao autor do livro do Apocalipse, é permitida uma contemplação de uma ‘liturgia celeste’. Deus está sentado no seu trono, rodeado por seus anjos. A um grupo de anciãos que simbolizam o Antigo e o Novo testamento (doze tribos, doze apóstolos= 24), mas há outras interpretações desse número. Bom, ficar destrinchando cada elemento não nos leva muito longe, só satisfaz a curiosidade.  O importante é o reconhecimento e o louvor que se eleva a Deus, criador de todas as coisas, a quem nos somamos, em nosso pequeno mundo, em nossas liturgias comunitárias e pessoais (prece, adoração, canto etc.).

Por trás dessa recontagem das parábolas dos talentos de Mateus em Lucas, o autor parece se inspirar em alguns fatos históricos. Mas ela também traduz a questão da oposição ou do acolhimento do próprio Jesus, já que estamos às portas de Jerusalém, talvez esse aspecto de não fácil interpretação acaba por chamar mais a atenção do que o reconhecimento daqueles que trabalharam por multiplicar ou não, o que lhes foi confiado. Deus é bom, mas sua justiça exige de nós fidelidade, para que saibamos administrar os dons recebidos, que faz o Reino crescer e aparecer, até que Ele venha.


 Pe. João Bosco Vieira Leite