(Fl 3,3-8; Sl
104[105]; Lc 15,1-10)
31ª Semana do Tempo Comum.
Paulo toca no assunto da circuncisão, marca carregada pelos judeus
como sinal de pertença ao povo escolhido. Que adianta trazer uma marca externa
se ao interno meu coração não é voltado para Deus? Quando Paulo fala de confiar
na carne faz referência a observância da lei judaica. Se esses elementos
externos significam algo, ele então é o judeu por excelência. Mas de tudo ele
abriu mão, tudo é perda, em relação a descoberta que ele fez de Cristo Jesus.
Essa força de significado que Paulo encontra em Jesus seja também a nossa grata
compreensão da fé que carregamos.
A convivência com os pecadores fez brotar do coração de Jesus as
chamadas parábolas da misericórdia. Certamente ele já se dera conta da
fragilidade do caminho dos mesmos, mas do desejo de serem encontrados. Jesus
lhes transmite a alegria de Deus quando eles se deixam encontrar, esse amor
invencível de Deus nos busca, afirma Jesus em suas exageradas comparações. “A
alegria nasce da experiência de nos sentirmos continuamente acolhidos pelo
Senhor, mesmo nas deficiências que cotidianamente experimentamos. A alegria,
além disso, torna-se motivação imprescindível para uma atuação eclesial, por
vezes acolhedora das pessoas que vivem no erro, sejam elas membros ou não da
comunidade. Antes ainda, torna-se motivação para o acolhimento dos irmãos que
vivem sua fé de uma forma diferente da nossa, renunciando a juízos e
avaliações” (Giuseppe Casarin, Lecionário
comentado, Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite