Quinta, 03 de novembro de 2016

(Fl 3,3-8; Sl 104[105]; Lc 15,1-10)
31ª Semana do Tempo Comum.

Paulo toca no assunto da circuncisão, marca carregada pelos judeus como sinal de pertença ao povo escolhido. Que adianta trazer uma marca externa se ao interno meu coração não é voltado para Deus? Quando Paulo fala de confiar na carne faz referência a observância da lei judaica. Se esses elementos externos significam algo, ele então é o judeu por excelência. Mas de tudo ele abriu mão, tudo é perda, em relação a descoberta que ele fez de Cristo Jesus. Essa força de significado que Paulo encontra em Jesus seja também a nossa grata compreensão da fé que carregamos.

A convivência com os pecadores fez brotar do coração de Jesus as chamadas parábolas da misericórdia. Certamente ele já se dera conta da fragilidade do caminho dos mesmos, mas do desejo de serem encontrados. Jesus lhes transmite a alegria de Deus quando eles se deixam encontrar, esse amor invencível de Deus nos busca, afirma Jesus em suas exageradas comparações. “A alegria nasce da experiência de nos sentirmos continuamente acolhidos pelo Senhor, mesmo nas deficiências que cotidianamente experimentamos. A alegria, além disso, torna-se motivação imprescindível para uma atuação eclesial, por vezes acolhedora das pessoas que vivem no erro, sejam elas membros ou não da comunidade. Antes ainda, torna-se motivação para o acolhimento dos irmãos que vivem sua fé de uma forma diferente da nossa, renunciando a juízos e avaliações” (Giuseppe Casarin, Lecionário comentado, Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite