Quinta, 10 de novembro de 2016

(Fm 7-20; Sl 145[146]; Lc 17,20-25)
32ª Semana do Tempo Comum.

Na distribuição dos livros bíblicos, a carta a Filêmon, ‘colaborador’ de Paulo, é a última carta paulina, de caráter pastoral e escrito na prisão. Parte desse texto de hoje já esteve no comentário dominical desse ano C (Lucas) de nossa liturgia (23º Domingo do Tempo Comum).  É uma espécie de bilhete que acompanha um pedido: o acolhimento do escravo Onésimo que Paulo batizou na prisão e que lhe foi muito útil nesse período. Para Paulo, a fé e a vivência cristã transformam as relações dentro da comunidade, independente da categoria social a que se pertença.

Nessa caminhada para o final de mais um ano litúrgico, nada mais adequando que uma catequese de Jesus sobre a consolidação do seu Reino. Com um tom apocalíptico, Lucas ensina que a presença do Reino já se dá no próprio Jesus, nos seus atos salvíficos e na sua Palavra libertadora.  O seu retorno será como algo inesperado, mas que atingirá a todos. Tudo isso só depois de sua entrega na cruz. Por trás de tudo isso está a espera de seu retorno pela comunidade primitiva. A dificuldade que tem a comunidade de compreender o mistério de Jesus é o mesmo que nos alcança na contemplação do tempo que passa e nas questões que nosso próprio coração coloca sobre o seu retorno.


Pe. João Bosco Vieira Leite