Sábado, 12 de novembro de 2016

(3Jo 5-8; Sl 111[112]; Lc 18,1-8) 
32ª Semana do Tempo Comum.

Na sua terceira carta, João segue um estilo parecido com o de Paulo na sua carta a Filêmon. Aqui o autor elogia a Gaio no modo como acolhe e dá assistência aos missionários de passagem. Lembrando aos demais que tal acolhimento é uma colaboração com a expansão do evangelho. Prosseguindo a leitura do texto descobriremos que numa comunidade tal acolhimento foi impedido pelo seu responsável. Isso nos dá uma visão da problemática da diferença entre as comunidades e do posicionamento de seus coordenadores.

Retomando o tema da oração, Lucas nos apresenta a parábola da viúva e do juiz iníquo, que meditamos num domingo próximo passado. Se ligarmos ao capítulo anterior, sobre a vinda do Filho do Homem, talvez tenhamos aqui um retrato da oração na situação de angústia. A viúva pode ser um retrato da comunidade cristã ameaçada, que se dirige sem resultado à autoridade estatal. Sabemos da situação da viúva sem filhos na sociedade judaica. “O ouvinte talvez sorria porque este poderoso juiz tem medo da viúva fraca, de ela lhe machucar o olho. Mas é exatamente com esse monólogo do juiz que Lucas convence o leitor a confiar no aparentemente tão fraco recurso da oração, que tem mais poder do que todos os aparentemente poderosos” (Anselm Grun – Jesus, modelo do ser humano– Loyola). 


Pe. João Bosco Vieira Leite