(3Jo 5-8; Sl 111[112]; Lc 18,1-8)
32ª Semana do Tempo Comum.
Na sua terceira carta, João segue um
estilo parecido com o de Paulo na sua carta a Filêmon. Aqui o autor elogia a
Gaio no modo como acolhe e dá assistência aos missionários de passagem.
Lembrando aos demais que tal acolhimento é uma colaboração com a expansão do
evangelho. Prosseguindo a leitura do texto descobriremos que numa comunidade
tal acolhimento foi impedido pelo seu responsável. Isso nos dá uma visão da
problemática da diferença entre as comunidades e do posicionamento de seus
coordenadores.
Retomando o tema da oração, Lucas nos
apresenta a parábola da viúva e do juiz iníquo, que meditamos num domingo próximo
passado. Se ligarmos ao capítulo anterior, sobre a vinda do Filho do Homem,
talvez tenhamos aqui um retrato da oração na situação de angústia. A viúva pode
ser um retrato da comunidade cristã ameaçada, que se dirige sem resultado à
autoridade estatal. Sabemos da situação da viúva sem filhos na sociedade
judaica. “O ouvinte talvez sorria porque este poderoso juiz tem medo da viúva
fraca, de ela lhe machucar o olho. Mas é exatamente com esse monólogo do juiz
que Lucas convence o leitor a confiar no aparentemente tão fraco recurso da
oração, que tem mais poder do que todos os aparentemente poderosos” (Anselm
Grun – Jesus, modelo do ser humano– Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite