(Gl 1,13-24; Sl 138[139]; Lc 10,38-42)
27ª Semana do Tempo Comum.
A carta que estamos acompanhando traz
hoje uma autodefesa de Paulo, ao mesmo tempo em que traça uma breve biografia
salientando o seu chamado pessoal, sua unidade com a Igreja e o seu caminho
particular na divulgação do Evangelho.
Ao entrar na casa de Marta e Maria,
Lucas aproveita para complementar a dinâmica do amor ao próximo lembrando o
significado da hospitalidade. Mas o texto nos conduz para a importância da
escuta da Palavra, como o elemento que na vida cristã conduz para a produção de
frutos concretos na vida: a agitação e a preocupação da vida necessitam dessa
luz que a tudo dá o equilíbrio necessário.
Hoje também a Igreja faz memória do
grande santo dos pobres e da ecologia: Francisco de Assis. “Os biógrafos
concordam que nenhum outro santo fez brilhar tanto a imagem de Jesus neste
mundo como Francisco. Ele é o santo do amor e da alegria, da pobreza e da
liberdade interna. Um santo de coração amoroso e de uma grande simplicidade,
que conquistou o coração do povo enquanto ainda era vivo. [...] Francisco
reuniu em torno a si pessoas que compartilhava com ele a vida simples. A oração
determinava sua comunidade, e eles viviam percorrendo o país para anunciar a
Boa Nova. Para ganhar o pão, trabalhava com os camponeses. Não queriam
dinheiro, mas produtos naturais como pagamento. Francisco continuou sendo o
irmão humilde que, cheio de contentamento, cantava os hinos de Deus e, com seus
sermões, conduzia os homens a ele. [...] O movimento ecológico elegeu Francisco
seu padroeiro. Isso, por certo, tem sua justificação. Mas Francisco não foi um
combatente encarniçado. Ele tinha um amor e um respeito tão enorme por todas as
coisas porque reconhecia na criação o amor de Deus. Ele podia se alegrar com o
calor do sol, com o frescor da água, com a luz da lua. Em toda parte ele via
como Deus, por meio de suas criaturas, demonstra seu amor aos homens. Francisco
nos mostra que a proteção ambiental precisa de uma dimensão espiritual. Precisa
da experiência do amor por todas as criaturas, do contrário ela se torna uma
luta amargurada que produz apenas rancor nas pessoas, não servindo nem a elas
nem à criação” (Anselm Grün - 50 santos – Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite