(Ef 4,1-6; Sl 23[24]; Lc 12,54-59)
29ª Semana do Tempo Comum.
Paulo inicia, nesse capítulo, uma longa
exortação aos seus leitores tendo como base a unidade da Igreja (o adjetivo
numeral ‘um’ aparece por sete vezes). A humildade e a aceitação do outro formam
a base dessa unidade desejada: “A Igreja é um conjunto de pessoas que não podem
contar com a sua posição independente, mas que se sentem interpeladas para se
encontrarem reciprocamente por causa de Cristo, razão que ultrapassa a
diversidade do modo como viver a fé. E então, a tarefa de manter ou de
remendar a unidade da Igreja está confiada também ao esforço responsável de
cada batizado” (Giuseppe Casarin, Lecionário Comentado, Paulus).
Jesus parece voltar-se para a
multidão que o segue e dirige esse breve discurso centrado em dois temas: o
reconhecimento dos sinais dos tempos e a reconciliação com os adversários.
Jesus indaga àqueles que sabem interpretar as mudanças climáticas, como não são
capazes de perceber a chegada de um tempo novo com o próprio Jesus? Esse
reconhecimento de Jesus e de sua palavra mexe com as nossas relações
interpessoais: crer que em Jesus, Deus vem até nós (nos ama e nos acolhe), não
há melhor expressão de gratidão se não a de mudar nossas relações.
Pe. João Bosco Vieira Leite