(Ef 3,2-12; Sl Is 12; Lc 12,39-48)
29ª Semana do Tempo Comum.
“Ao ler-me, podeis conhecer a percepção
que eu tenho do mistério de Cristo”, diz Paulo no texto de hoje e a sua
percepção é a base da teologia católica no que diz respeito ao próprio Jesus e
aos elementos morais. Paulo liga essas duas pontas da história: o passado e o
presente na revelação do mistério de Cristo que está para além da própria
compreensão judaica do mistério salvífico. O apóstolo se sente agraciado de
poder intuir e revelar esse mistério escondido: “Em Cristo nós temos, pela fé
nele, a liberdade de nos aproximarmos de Deus com toda a confiança”. Amém.
Retorna o tema da vigilância por essa
imagem de Lucas, a partir de duas parábolas: O ladrão que não avisa (para
todos) e o patrão que chega de repente (para os discípulos e dirigentes). Já
abordamos esse texto no contexto da nossa liturgia dominical esse ano.
Lembremo-nos de não nos determos nos pormenores da mesma. “É salutar escutar as
palavras do Evangelho sobre a vinda escatológica do Senhor. Elas, de fato, são
um forte antídoto a uma vida (ou uma religiosidade) escondida no presente,
satisfeita com as próprias aquisições e realizações, incapaz de reconhecer o
excedente da obra de Deus a respeito das nossas atividades quotidianas,
igualmente importantes. Ao mesmo tempo deve ser considerada absolutamente
alheia ao Evangelho uma religiosidade impregnada, de especulações insensatas
sobre o futuro, alimentada por pseudo-visões centralizadas sobre o conhecimento
de pormenores que dizem respeito ao que há de vir” (Giuseppe Casarin,Lecionário
Comentado, Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite