(Gl
4,22-24.26-27.31—5,1; Sl 112[113]; Lc 11,29-32)
28ª Semana do Tempo Comum.
É interessante a comparação que Paulo faz entre os filhos de Agar
e de Sara, para contrapor a Antiga e a Nova aliança inaugurada em Cristo Jesus.
Lembremos que Paulo ainda está tentando convencer os gálatas de que a lei em
Cristo consiste na liberdade de filhos que se deixam conduzir pelo Espírito.
Isso torna possível a nossa relação com Deus.
Jesus é consciente de que nenhum sinal, por mais espetacular que
seja, será capaz de tirar os judeus de seu indiferentismo com relação a Jesus;
nem mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, diz ao fim da parábola de Lázaro e
o rico. É dentro dessa realidade que Jesus diz que nenhum outro sinal será dado
a não ser o de Jonas. Os ninivitas (estrangeiros) se converteram com a sua
pregação. A Rainha de Sabá (estrangeira) foi capaz de reconhecer a sabedoria de
Salomão e veio vê-lo. Jesus é maior que Jonas e Salomão e mesmo assim eles são
incapazes de reconhecê-lo. É claro que o texto recai sobre a atitude judaica,
mas ao mesmo tempo nos provoca a respeito da nossa fé em Jesus. Ela nasce do
que pedimos e recebemos ou é determinada por uma atitude de escuta? Deus não
pode ser definido pelas nossas necessidades.
Pe. João Bosco Vieira Leite