Quarta, 09 de julho de 2025

(Gn 41,55-57; 42,5-7.17-24; Sl 32[33]; Mt 10,1-7) 14ª Semana do Tempo Comum.

“Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!” Mt 10,6.

“Jesus organiza o apostolado; reúne em torno de si um número de pessoas, às quais forma para a missão, às quais dota de todos os poderes e qualidades, que essa missão há de exigir. Jesus envia os apóstolos para destruir o mal no mundo; é, pois, lógico que os dotasse de poderes contra o mal, afirmado no evangelho com a expressão ‘espíritos imundos’. A vontade salvífica de Deus ultrapassa naturalmente o horizonte da Palestina, embora a missão apostólica da vida terrestre de Jesus se tenha realizado dentro dos limites palestinenses. Talvez a vontade de Deus seja que eu limite meu apostolado a determinado setor; talvez me envie como apóstolo volante a evangelizar campos virgens; talvez meu campo de ação veja-se reduzido ao lar, à comunidade, à minha paróquia; talvez tenha-me concedido o carisma de Paulo, enviado aos pagãos, aos que não têm fé. ‘A palavra de Deus não se deixa acorrentar’ (2Timóteo 2,9) a nenhum lugar, a nenhuma pessoa, a nenhuma circunstância, nem a nenhum condicionamento: ‘Prega a palavra, insiste oportuna e inoportunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir’ (2Timóteo 4,2). Não poucas vezes a prudência humana opõe-se à prudência do espírito de Deus. Não poucas vezes o medo ou a timidez disfarçam-se de prudência humana. Dessa prudência humana que acorrenta a palavra de Deus” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite

Terça, 8 de julho de 2025

(Gn 32,23-33; Sl 16[17]; Mt 9,32-38) 14ª Semana do Tempo Comum.

“Quando o demônio foi expulso, o mundo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam:

‘Nunca se viu coisa igual em Israel’” Mt 9,33.

“A ação taumatúrgica de Jesus deixava as multidões estupefatas. Na opinião delas, jamais havia acontecido algo semelhante em Israel. Esta sensibilidade diante dos milagres de Jesus predispunha as pessoas a acolhê-lo na fé, e a aceitar tornar-se discípulo dele. Onde se situava a admirabilidade dos milagres de Jesus? Quais eram suas peculiaridades? Ele agia com um poder vindo diretamente de Deus. Não pretendia chamara a atenção sobre si mesmo. Curava os doentes e expulsava os demônios por força de sua palavra cheia de autoridade, sem recorrer a gestos ou palavras mágicas. Seus milagres não eram feitos para agradar ou captar a benevolência de ninguém. Tudo se passava no âmbito de uma fé profunda. Evitava qualquer tipo de exibicionismo de poder, que transformaria seus milagres em verdadeiros shows. Os milagres de Jesus correspondiam às esperanças messiânicas, que atribuíam ao Messias o poder de realizar prodígios reveladores de sua identidade. Por fim, correspondiam, também, aos anseios humanos de vida, saúde e libertação. Mesmo assim, os milagres não chegavam a convencer a quem estivesse fechado para Jesus. É por isso que os fariseus não hesitavam em atribuí-los a um poder recebido do príncipe dos demônios. – Espírito de admiração, ao contemplar os milagres de Jesus, tenha eu sensibilidade para descobrir neles o poder divino atuando em favor da humanidade carente de vida” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite

 

 

Segunda, 07 de julho de 2025

(Gn 28,10-22; Sl 90[91]; Mt 9,18-26) 14ª Semana do Tempo Comum.

“Enquanto Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele e disse: ‘Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela, e ela viverá’” Mt 9,18.

“A série de milagres volta com um novo grupo de quatro episódios que narram o regresso à vida (cf. Mt 9,18-34). O primeiro, na simples narração de Mateus, tem por objeto a restituição da vida física à filha de um chefe, representante do judaísmo oficial; e a restituição à vida social de uma mulher legalmente impura e, portanto, excluída da esfera religiosa do seu povo, com consequências equivalentes a uma morte civil. [Compreender a Palavra:] O interesse principal do duplo milagre é o de evidenciar a importância da fé em Jesus, que restitui a saúde aos corpos e ressuscita os mortos. Mateus não atribui um nome ao homem que, já certo da morte da filha, recorre igualmente ao Mestre, demonstrando fé no Seu poder capaz de salvar. O evangelista não cita sequer as multidões que se atropelam junto de Jesus, e que na narração de Marcos representam o cenário tumultuoso em que a hemorrágica temerosa exprime uma fé segura no Senhor (cf. Mc 5,24.31). Jesus aparece somente com os discípulos e com mulher que crê – só isto importa – e concede a salvação (o verbo ‘sózo’, salvar, aparece três vezes nos vv. 21-22). Assim também, com extrema simplicidade, Mateus narra a ressurreição da menina como se tratasse de um caso entre Jesus e rapariguinha, sem citar os pais dela nem os três discípulos que, segunda a narração de Marcos, ele quis que O acompanhassem (cf. Mc 5,37): também aqui, o verbo utilizado (eghérthe) ‘levantou-se’ é o mesmo da ressurreição do Filho do homem” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum I] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite