Sábado, 22 de novembro de 2025

(1Mc 6,1-13; Sl 9A[9]; Lc 20,27-40) 33ª Semana do Tempo Comum.

“Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele” Lc 20,38.

“A afirmação de Jesus, de que Deus é um Deus vivo e dos vivos, enche de júbilo nosso coração: ‘Não é Deus dos mortos, mas dos vivos, porque todos vivem para ele” (v. 38). A morte não atinge Deus, nem os filhos de Deus; os que estão mortos estão mortos para o mundo, que não pode transpor as barreiras da realidade transcendente; mas para Deus não existem nem a morte nem os mortos; somente são mortos aqueles que não gozam da vida da graça, ou da glória; a esses sim, ele condena à morte e uma morte eterna e irreversível. Porque existe a ressurreição dos mortos, foi possível a ressurreição de Jesus, sem a qual, como adverte o apóstolo Paulo, é vã e inútil a nossa fé. E porque Jesus ressuscitou dentre os mortos de uma maneira radicalmente nova, os mortos ressuscitarão também com um novo tipo de vida completa e definitiva” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite


Sexta, 21 de novembro de 2025

(Zc 2,14-17; Sl Lc 1; Mt 12,46-50) Apresentação da Bem-aventurada Virgem Maria.

“Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho habitar no meio de ti, diz o Senhor” Zc 2,14.

“Com toda a existência de Maria, a partir da encarnação do Verbo, é iluminada por esse acontecimento (pensemos na Assunção), assim tudo o que em sua vida procedeu a encarnação foi em vista do cumprimento desse mistério (pensemos na Imaculada Conceição). A bem-aventurança da escuta, de fato, não se improvisa! A ela preparar-se ao longo do tempo, dia após dia. Devemos, pois, pensar que Maria tenha sido educada e educou-se, na sua infância e adolescência, segundo as tradições de Israel, ou seja, com o olhar e o coração fixos no lugar da presença de Deus, o templo precisamente. À consagração de Deus a Israel, pelo dom da sua Palavra-presença, deve corresponder a consagração, a doação de Israel a Deus, segundo o espírito e a vida da Aliança. E o templo, na sua acepção simbólica mais pura, é chamado a significar justamente este mútuo encontro nupcial. Eis por que em Jerusalém Israel saboreia a alegria de ser o povo consagrado ‘pelo’ e ‘ao’ Senhor e por que, após a tristeza do exílio, é em Sião (a rocha na qual se erguia o templo) que novamente explode o anúncio: ‘Alegra-te, exulta, Filha de Sião, porque eis que eu venho habitar no teu meio – oráculo do Senhor’ (cf. primeira leitura: Zc 2,14-17)” (Corrado Maggioni – Maria na Igreja em Oração – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite


Quinta, 20 de novembro de 2025

(1Mc 2,15-29; Sl 49[50]; Lc 19,41-44) 33ª Semana do Tempo Comum.

“Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz!

Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos” Lc 19,42.

“Este breve trecho encerra dois momentos que parecem em contraste entre si: o choro de Jesus ao avistar Jerusalém, no final de uma longa viagem em direção à cidade (vv. 41-42); e, a dura sentença do Mestre sobre a ruína da cidade, que não soube reconhecer o tempo em que foi ‘visitada’ (vv. 43-44). É uma das páginas evangélicas em que aparece mais claramente a profunda humanidade de Jesus que, como qualquer pessoa, Se comove e chora diante de fatos que provocam sofrimento. [Compreender a Palavra:] O pranto de Jesus sobre a cidade é prelúdio do Seu anúncio profético. Jerusalém, etimologicamente ‘cidade de paz’, não compreendeu aquilo que lhe podia dar a paz (cf. v. 42), não soube reconhecer o dom que lhe será oferecido, mas soube reconhecer o tempo no qual fora ‘visitada’ (v. 44). Daqui a predição ameaçadora, introduzida pela linguagem própria do gênero profético e apocalíptico: ‘Dias virão’ (v. 43). Uma ruína total atingirá Jerusalém, na figura de uma mãe que tem por filhos os seus habitantes, nela não ficará pedra sobre pedra. A formulação bíblica da ‘visita’ evoca a vinda do Senhor, o tempo no qual JHWH se manifestou na terra de Jesus e viveu a hostilidade do seu povo. Falando do assédio que se abaterá sobre Jerusalém, Lucas parece aludir, retrospectivamente, a um acontecimento histórico: a destruição de Jerusalém acontecida no ano de 70 d. C., às mãos dos Romanos. Na tradição cristã primitiva, de fato, a ruína da cidade era interpretada como consequência da intervenção punitiva de Deus pela rejeição de Jesus por parte dos habitantes de Jerusalém” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).

 Pe. João Bosco Vieira Leite