Quarta, 30 de abril de 2025

(At 5,17-26; Sl 33[34]; Jo 3,16-21) 2ª Semana da Páscoa.

“Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo que nele crer,

mas tenha a vida eterna” Jo 3,16.

“A conquista da vida eterna é também o objetivo da encarnação de Jesus: ‘Deus, com efeito, amou tanto o mundo que deu o seu Filho, o seu único, para que todo homem que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna’ (3,16). Nesse versículo revele-se o motivo da encarnação e paixão de Jesus. O motivo é o amor de Deus para com o mundo. Deus não quis que os homens perecessem depois de se terem alienado dele vagando sem rumo. Tinham perdido seu centro, sua imagem original, sua pureza, sua capacidade de amar. No meio da vida estavam mortos. Porque Deus amava os homens apesar de sua perdição, ou justamente por causa dela, enviou o seu filho. Deus deu aos homens o seu filho único como presente. Ele não o ‘entregou’, mas o ‘deu’, como diz o texto grego. Mas nesse ato de amor incondicional de Deus está implícita também a possibilidade de que o dom seja rejeitado pelos homens. A fé é aceitação do dom de Deus. Quem crê, quem reconhece o que Deus deu aos homens em Jesus, tem vida eterna” (Anselm Grüm – Jesus: Porta para a Vida – Loyola).

 Pe. João Bosco Vieira Leite

Terça, 29 de abril de 2025

(At 4,32-37; Sl 92[93]; Jo 3,7-15) 2ª Semana da Páscoa.

“Nicodemos perguntou: ‘Como é que isso pode acontecer?” Jo 3,9.

“Perguntado como deve ser imaginado esse processo de renascimento, Jesus responde com uma palavra enigmática remetendo ao mistério do ‘pneuma’ que em grego significa tanto espírito quanto vento: ‘O vento sopra onde quer, e tu ouves a sua voz, mas não sabes nem de onde vem, nem para onde se vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do espírito’ (3,8). O renascimento é tão incompreensível e misterioso quanto o vento. Não se pode agarrar e reter o vento. O mesmo se pode dizer do renascimento. Mas ele se manifesta assim mesmo em seus efeitos. Aquele que nasceu de Deus tem outro comportamento, ele irradia algo que é diferente. Ele está livre. Ele está vivo. A vida flui dentro dele” (Anselm Grüm – Jesus: Porta para a Vida – Loyola).

Pe. João Bosco Vieira Leite

Segunda, 28 de abril de 2025

(At 4,23-31; Sl 2; Jo 3,1-8) 2ª Semana da Páscoa.

“[Nicodemos] que foi ter com Jesus, de noite e lhe disse: ‘Rabi, sabemos que viestes como mestre da parte de Deus. De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele’” Jo 3,2.

“A confissão de Nicodemos é sincera. Impressionado pelas obras que Jesus realiza, sente-se movido a recorrer a Jesus como ao Mestre que pode ensinar coisas até então não conhecidas; por isso recorre a ele e pede-lhe que ensine e lhe dá o título de Mestre. E Jesus, como verdadeiro Mestre, começa a ensinar-lhe que por nosso nascimento para a vida natural pertencemos a este mundo; porém, para pertencer ao outro mundo do Espírito, para sermos filhos de Deus e herdeiros de seu Reino, precisamos nascer de novo: para a vida sobrenatural, a vida da graça. O batismo é a entrada para essa vida. Por ele, sem deixar de ser homem nem ter de ter a vida natural, somos feitos filho de Deus e adquirirmos a vida sobrenatural, que Jesus Cristo mereceu por nós na cruz e nos comunica pelo Espírito Santo. Não basta, pois, viver a vida natural, intelectual ou racional, mas devemos viver a vida da graça, que é a vida de Deus em nós, e devemo-la viver de modo consciente e crescente, aumentando em nosso dia-a-dia o caudal dessa graça do Espírito” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite