Terça, 29 de julho de 2025

(1 Jo 4,7-16; Sl 33[34]; Jo 11,19-27) Santos Marta, Maria e Lázaro.   

“Então Jesus disse: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra viverá’” Jo 11,25.

“A ressurreição de Lázaro é um sinal da glória de Deus. Por isso também é um sinal daquilo que Deus realiza em nós. Não temos motivo para duvidar da historicidade da ressurreição de Lázaro. Mas não basta perguntar pelo que aconteceu naquele tempo. Mais importante é interpretar as imagens daquela cena de tal forma que nós mesmos façamos parte dela. Lázaro já está na sepultura faz quatro dias. Seu corpo já está em decomposição. O que está sepultado se putrefaz. Essa lei se aplica também a nós. Se estamos excluídos da relação com Jesus, apodrecemos e o nosso verdadeiro ser se deteriora. Marta chama a atenção para o fato de o defunto já estar cheirando mal. A falta de contato leva a um mau cheiro, a uma emanação destrutiva. Pela sua encarnação, Jesus deu à nossa vida um novo sabor, o sabor do vinho. Isso se mostra no primeiro sinal operado por ele, nas bodas de Caná. Por sua morte e ressurreição, Jesus expulsa o cheiro de putrefação de nossa vida. Como no primeiro sinal, realiza um milagre atendendo aos rogos de uma mulher. O primeiro sinal faz alusão à transformação do homem operada pela encarnação de Deus em Jesus. O sétimo sinal remete à transformação pela morte e ressurreição de Jesus. É a transformação da própria morte. Jesus menciona diante de Marta a fé como condição prévia para ver a glória de Deus. O que é dito a Marta é dirigido também ao leitor. Àquele que crê pode ver na narrativa da ressurreição de Lázaro, já no presente, um raio da glória de Deus” (Anselm Grüm – Jesus: Porta para a Vida – Loyola).

 Pe. João Bosco Vieira Leite