Segunda, 07 de julho de 2025

(Gn 28,10-22; Sl 90[91]; Mt 9,18-26) 14ª Semana do Tempo Comum.

“Enquanto Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele e disse: ‘Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela, e ela viverá’” Mt 9,18.

“A série de milagres volta com um novo grupo de quatro episódios que narram o regresso à vida (cf. Mt 9,18-34). O primeiro, na simples narração de Mateus, tem por objeto a restituição da vida física à filha de um chefe, representante do judaísmo oficial; e a restituição à vida social de uma mulher legalmente impura e, portanto, excluída da esfera religiosa do seu povo, com consequências equivalentes a uma morte civil. [Compreender a Palavra:] O interesse principal do duplo milagre é o de evidenciar a importância da fé em Jesus, que restitui a saúde aos corpos e ressuscita os mortos. Mateus não atribui um nome ao homem que, já certo da morte da filha, recorre igualmente ao Mestre, demonstrando fé no Seu poder capaz de salvar. O evangelista não cita sequer as multidões que se atropelam junto de Jesus, e que na narração de Marcos representam o cenário tumultuoso em que a hemorrágica temerosa exprime uma fé segura no Senhor (cf. Mc 5,24.31). Jesus aparece somente com os discípulos e com mulher que crê – só isto importa – e concede a salvação (o verbo ‘sózo’, salvar, aparece três vezes nos vv. 21-22). Assim também, com extrema simplicidade, Mateus narra a ressurreição da menina como se tratasse de um caso entre Jesus e rapariguinha, sem citar os pais dela nem os três discípulos que, segunda a narração de Marcos, ele quis que O acompanhassem (cf. Mc 5,37): também aqui, o verbo utilizado (eghérthe) ‘levantou-se’ é o mesmo da ressurreição do Filho do homem” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum I] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite