(Gn 27,1-5.15-29; Sl 134[135]; Mt 9,14-17) 13ª Semana do Tempo Comum.
“Disse-lhes Jesus: ‘Por acaso, os amigos
do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles?
Dias virão em que o noivo será tirado do
meio deles. Então, sim, eles jejuarão’” Mt 9,15.
“Jesus
não admitia intromissões na sua maneira de formar os discípulos. Por isso,
muitas vezes foi obrigado a enfrentar os fariseus e outros grupos que queriam
comparar-se com os discípulos de Jesus, apresentando-se como modelo. A questão
da prática do jejum era um dos muitos pontos de conflito. Porque jejuavam,
essas pessoas não podiam admitir que os discípulos de Jesus não fizessem o
mesmo. Em última análise, não podiam aceitar que o Mestre os orientasse para um
evidente desrespeito à prática já consagrada. A resposta de Jesus deixa
entrever que os seus adversários viviam num tempo de tristeza e de incerteza,
preparando-se ainda para a chegada do Messias. Os discípulos estavam
dispensados disso. Afinal, tinham junto de si o Messias esperado. Não era necessário
que se entregassem a jejuns prolongados, pois viviam num tempo de alegria.
Consequentemente, para eles não tinha valor o ultrapassado esquema farisaico. O
jejum cristão é outra coisa. Seu contexto é a espera da volta de Jesus. Num
clima de preparação para acolhê-lo, é que os cristãos jejuarão. Só quem passou
por uma radical renovação interior será capaz de compreender este ensinamento
do Mestre. – Espírito que renova interiormente, torna-me apto para assimilar o
ensinamento de Jesus, sem querer enquadrá-lo em esquemas humanos convenientes” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite