Segunda, 28 de julho de 2025

(Ex 32,15-24.30-34; Sl 105[106]; Mt 13,31-35) 17ª Semana do Tempo Comum.

“Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que todas essas plantas”

Mt 13,32a.

“O evangelho de hoje diz que esta semente é menor que qualquer outra semente; na apreciação popular judaica, o grão de mostarda era considerado o termo comum de comparação entre as coisas pequenas. Assim, dizia-se: ‘pequeno como um grão de mostarda’; o Senhor Jesus faz outras coisas senão empregar a expressão popular. De qualquer maneira, o que aqui se quer expressar é que o Reino de Deus tem começos modestos e logo expande-se com vigor; para isso o Senhor emprega as duas parábolas: a da mostarda e a do fermento. Deus emprega meios simples para chegar ao homem; Deus sempre busca a simplicidade e a pobreza de espírito mesmo nas obras de maior transcendência; pensa apenas na humildade da Virgem na Encarnação, na pequenez dos sinais sacramentais: vinho, pão... na Eucaristia, na rudeza dos apóstolos para a fundação da Igreja. Os homens não entendem os caminhos de Deus, e por isso pretendem grandes inciativas e preparativos para suas obras, enquanto a fé nos ensina que quanto maior é a obra pretendida por Deus mais insignificantes costumam ser os começos e os instrumentos dos quais se serve sua divina Providência. Assim é o Reino dos céus, o Reino de Céus; tão pequeno e simples quanto um grão de mostarda; assim começa a fundamentar-se no coração do homem. Dê, pois, graças a Deus, porque, para que seu Reino deite raízes em seu coração, não será necessário fazer grandes coisas, ou empreender atividades extraordinárias, e sim ser-lhe fiel nas coisas de cada dia. A semente deve esconder-se sob a terra, deve apodrecer; se não apodrecer, não germina, não se desenvolve, não produz fruto. Não devemos estranhar que o Reino de Deus passe frequentemente por momentos difíceis e desagradáveis. São necessários para sua própria purificação. Por outro lado, essa parábola dá-nos este ensinamento com respeito à Igreja: do mínimo surgirá o máximo; dos começos tão simples e humildes a Igreja chegará à grandeza de sua universalidade; todas as etnias e todos os povos aconchegarem-se a ela; daí que possamos considerar esta parábola como uma profecia sobre a universalidade da Igreja” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite