(Gn 49,29-32; 50,15-26; Sl 104[105]; Mt 10,24-33) 14ª Semana do Tempo Comum.
“O discípulo não está acima do mestre
nem o servo acima do seu senhor” Mt
10,24.
“Na
perspectiva de Jesus, o ideal do discípulo é ser como o mestre. Em outras
palavras, é no mestre que o discípulo deve se espelhar. Se consideramos as
instruções recebidas pelos discípulos, constatamos que Jesus propõe-lhe como
projeto de vida, os mesmos princípios que pautaram a sua ação missionária. Como
ele, os discípulos teriam a missão de ir pelo mundo anunciar o Evangelho, e
realizar os sinais indicativos da presença do Reino. Deveriam abrir mão de
qualquer recompensa e viver a gratuidade e a pobreza. Deveriam estar preparados
para a rejeição, a perseguição, o martírio. Contudo, não deveriam se preocupar,
pois estariam sob a proteção do Espírito do Pai. Este lhes inspiraria a
respeito do testemunho a ser dado. Por sua vez, o Pai irá preparar-lhes uma
recompensa condigna, por terem vivido o discipulado com fidelidade. Tudo isto
já tinha sido experienciado por Jesus, desde o início de seu ministério.
Portanto, sua proposta aos discípulos é um projeto existencial, não uma
imposição. Ele a pôs em prática, antes de transformá-la em pauta de ação para
os seus seguidores. No exercício de sua missão, os discípulos encontram em
Jesus um modelo consumado de vivência missionária. Só quem estiver disposto a
partilhar a mesma sorte do Mestre, estará em condições de se tornar seu
seguidor. – Espírito de conformidade com Jesus, disponha-me a partilhar a
missão do Mestre, fazendo-me como ele, fiel até o fim, o projeto do Pai” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite