(Eclo 44,1.10-15; Sl 131[132]; Mt 13,16-17) Santos Joaquim e Ana, pais da bem-aventurada Virgem Maria.
“Vamos fazer o elogio dos homens
famosos, nossos antepassados através das gerações” Eclo 44,1.
“São
Joaquim e Santa Ana devem ter pensado muitas vezes que Deus queria algo de
grande daquela sua filha, cumulada de tantos dons humanos e sobrenaturais, e
oferecê-la-iam a Deus como os hebreus costumavam fazer com os seus filhos. Os
pais que fortalecem o seu amor na oração saberão respeitar a vontade de Deus a
respeito dos seus filhos, sobretudo quando eles recebem uma vocação de entrega
plena de Deus – muitos saberão até pedi-la ao Senhor e deseja-la para esses
filhos –, porque ‘não é sacrifício entregar os filhos ao serviço de Deus –
costumava dizer o bem-aventurado Josemaria Escrivá –: é honra e alegria’, a
maior honra, a maior alegria. E os filhos ‘sentirão toda a beleza de dedicarem
as suas energias ao serviço do Reino de Deus’, por assim o terem aprendido de
muitas maneiras no lar paterno. O amor no casamento ‘pode ser também um caminho
divino, vocacional, maravilhoso, instrumento para a completa dedicação ao nosso
Deus’ (Josemaria Escrivá). Esse amor deve ser eficaz e operativo no que se
refere ao seu fruto, que são os filhos. O verdadeiro amor manifestar-se-á no
empenho em formá-los para que sejam trabalhadores, austeros, bem educados no
sentido pleno da palavra..., e assim venham a ser bons cristãos. Que lancem
raízes nas suas lamas as sementes das virtudes humanas: a rijeza, a sobriedade
no uso dos bens, a responsabilidade, a generosidade, a laboriosidade... E
sempre a alegria de uma alma transparente. Os pais não devem esquecer nunca que
são administradores de um imenso tesouro de Deus e que, por serem cristãos,
formam uma família na qual está presente o próprio Cristo, o que lhe dá umas
características próprias. Não devem ter recebido de singularizar-se num
ambiente em que muitas vezes a vida familiar nada mais é do que uma sucessão de
transigência e permissivismo covarde: pais sem autoridade, filhos rebeldes, que
convivem todos como se estivessem numa pensão. Um lar cristão é um remanso de
paz e alegria, em que os filhos desenvolvem a sua personalidade própria com uma
liberdade amadurecida na responsabilidade e no conselho oportuno e firme dos
pais. Peçamos hoje a São Joaquim e Santa Ana que os lares cristãos sejam
lugares onde se encontre facilmente a Deus. Recorramos também a Nossa Senhora.
‘Todos unidos, elevemos a Ela os nossos corações e, por sua mediação, digamos a
Maria, filha e Mãe: Mostra-te como Mãe para todos, oferece a nossa oração, que
Cristo a aceite benigno, Ele que se fez teu Filho’ (João Paulo II)” (Francisco Fernandez-Carvajal – Falar
com Deus – Vol. 5 – Quadrante)
Pe.
João Bosco Vieira Leite