(Gn 32,23-33; Sl 16[17]; Mt 9,32-38) 14ª Semana do Tempo Comum.
“Quando o demônio foi expulso, o mundo
começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam:
‘Nunca se viu coisa igual em Israel’” Mt 9,33.
“A
ação taumatúrgica de Jesus deixava as multidões estupefatas. Na opinião delas,
jamais havia acontecido algo semelhante em Israel. Esta sensibilidade diante
dos milagres de Jesus predispunha as pessoas a acolhê-lo na fé, e a aceitar
tornar-se discípulo dele. Onde se situava a admirabilidade dos milagres de
Jesus? Quais eram suas peculiaridades? Ele agia com um poder vindo diretamente
de Deus. Não pretendia chamara a atenção sobre si mesmo. Curava os doentes e
expulsava os demônios por força de sua palavra cheia de autoridade, sem
recorrer a gestos ou palavras mágicas. Seus milagres não eram feitos para
agradar ou captar a benevolência de ninguém. Tudo se passava no âmbito de uma
fé profunda. Evitava qualquer tipo de exibicionismo de poder, que transformaria
seus milagres em verdadeiros shows. Os milagres de Jesus correspondiam às
esperanças messiânicas, que atribuíam ao Messias o poder de realizar prodígios
reveladores de sua identidade. Por fim, correspondiam, também, aos anseios
humanos de vida, saúde e libertação. Mesmo assim, os milagres não chegavam a
convencer a quem estivesse fechado para Jesus. É por isso que os fariseus não
hesitavam em atribuí-los a um poder recebido do príncipe dos demônios. –
Espírito de admiração, ao contemplar os milagres de Jesus, tenha eu
sensibilidade para descobrir neles o poder divino atuando em favor da
humanidade carente de vida” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite