Segunda, 07 de agosto de 2023

 

(Nm 11,4-15; Sl 80[81]; Mt 14,13-21) 18ª Semana do Tempo Comum.

“Acaso fui eu que concebeu e deu à luz todo este povo, para que me digas: ‘carrega-o ao colo, como a ama costuma fazer com a criança, e leva-o a terra que juraste dar a seus pais’?” Nm 11,12.

“Olhando este versículo, somos chamados a recordar dos versículos anteriores (cf. Nm 11,4b-15), em que o povo de Deus, que estava no deserto, começa a murmurar, reclamar que não tem alimento, falta carne. Recordam do que comiam no Egito e preferem aquele alimento do que o maná caído do céu. As lágrimas deste povo fazem que Moisés falasse com Deus, pois o fardo estava pesado para ele carregar sozinho. Moisés aceita um chamado de Deus para conduzir o povo para a terra prometida. O povo, por sua vez, acolhe a liderança de Moisés como profecia e inspiração de Deus. Ambos não sabiam dos riscos e dificuldades que passariam adiante, mas Deus se fez muito providente, oferecendo-lhes uma nova vida, uma transformação, uma libertação. O maná era sinal desta libertação da escravidão e, ao mesmo tempo, sinal de igualdade entre todos, pois só podia usar a mesma medida para cada um e somente naquele dia para que todos se saciassem do necessário. Ao questionar Deus sobre a paternidade do povo, Moisés mostra o medo de perder aquele povo que lhe foi confiado, demonstra também a preocupação de cumprir o projeto do Pai, mesmo que em meio a tribulações. Muitas vezes não cuidamos e nem nos preocupamos com as coisas de Deus, pois nos acomodamos nas nossas escravidões momentâneas. Faz-se necessário valorizar mais as sementes que nos são dadas por Deus e cultivá-las do que chorarmos fardos pesados do passado. – Senhor, Pai de bondade, abraça-nos com sua providência e embala-nos em seu colo paterno para que vivamos sua libertação e não mais na escravidão de coisas temporárias e fúteis. Assim seja!” (Anderson Domingues de Lima – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite