(Is 42,1-4.6-7; Sl 28[29]; Mc 1,7-11).
Hoje concluímos o tempo do Natal com a
celebração da Festa do Batismo de Jesus. A liturgia nos coloca como primeira
leitura um dos quatro cantos do servo Sofredor, que representa tanto o povo de
Deus quanto um personagem que projeta a figura do Messias, daí muitas vezes
aplicado a Jesus em nossa liturgia. Jesus vem para mostrar a justiça e a
misericórdia de Deus, promovendo uma nova aliança. Ele se humilha, se põe na
fila dos pecadores, mesmo não tendo pecado, para receber o batismo. Em seu amor
extremo, Deus se torna solidário conosco para nos alcançar ali onde nos
colocamos distante d’Ele. Marcos coloca esse momento logo ao início do seu
evangelho: “Jesus, o mais forte, é Aquele que vem na fraqueza e Se
torna próximo de quantos, mergulhados nas águas da morte, aspiram por uma vida
nova. Deus e o homem revelam-se n’Ele: Deus desce na humildade da nossa carne,
os céus rasgam-se, o Espírito desce e abre-se para cada homem a possibilidade
de uma nova existência: a vida filial” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado – Paulus).
O salmo 29 (vv. 1-4.3.9-10) que a
liturgia nos traz é atribuído a Davi e foi composto depois de uma grande
tempestade que caiu sobre o mar Mediterrâneo. Ele levanta a voz em adoração e
louvor a Deus nesse chamado ‘salmo dos sete trovões’: “Davi ouve mais
na tempestade do que estrondo e barulhos forte. Ele ouve o Senhor – não em
palavras, mas em uma demonstração impressionante do seu poder. O coração de
Davi salta em adoração a Deus. O Deus que pode controlar uma forte tempestade
também pode proteger seu povo. Pense nisso na próxima vez em que se encontrar
em uma tempestade. Não se esconda debaixo das cobertas. Observe-a por um tempo
– e deixe seu coração louvar o Deus que está entronizado acima das forças mais poderosas
da natureza” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender
Salmos - Thomas Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite