Quinta, 11 de janeiro de 2018

(1Sm 4,1-11; Sl 43[44]; Mc 1,40-45) 
1ª Semana do Tempo Comum.

Uma página de lamentação sobre uma derrota de Israel mesmo com a presença da Arca da Aliança. Samuel ajudará a compreender que tal derrota foi em consequência dos pecados do povo e o seu maior pecado foi o da idolatria, transformando a Arca da aliança numa espécie de Talismã e não vivendo o conteúdo proposto pela Aliança. O texto nos fala do perigo constante que corremos de querer manipular Deus em busca de interesses pessoais. O salmo 44 (vv. 10-11.14-15.24-25) parece casar-se com o nosso texto pois foi escrito após uma derrota dos israelitas, que lamentam, pois Deus parece não mais caminhar com eles, mas ao final ele expressa a sua esperança de que o Senhor retornará a se fazer presente no meio do Seu povo. “O salmo 44 apresenta um problema para os que afirmam que o povo de Deus deve sempre ser próspero e saudável. E quando somos fiéis a Deus, mas recebemos um diagnóstico de câncer ou perdemos o emprego e temos de esperar um bom tempo para encontrarmos outros? O que dizer do cristão que honra a Deus, mas é ignorado na hora de uma promoção na empresa ou vê seus negócios irem para o buraco? E o missionário que trabalha fielmente durante anos, mas tem poucos convertidos? A Bíblia nunca dá uma resposta simples para a questão do porque do sofrimento do justo. Os autores das Escrituras simplesmente apontam para Jesus, um servo de Deus absolutamente fiel que acabou pregado em uma cruz. Não se requer de Deus que explique o motivo de nosso sofrimento. Ele simplesmente nos chama para que confiemos nele mesmo na escuridão” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).

 Pe. João Bosco Vieira Leite