(2Sm 24,2.9-17; Sl 31[32]; Mc 6,1-6)
4ª Semana do Tempo Comum.
Davi comete mais um erro: resolve fazer
o recenseamento do povo, que na bíblia era considerado um gesto sagrado, pois
Deus é o Senhor do seu povo, só a Ele cabe controlar e contar o número das
pessoas. Por isso essa narrativa pode nos parecer estranha. Como consequência
vem um castigo, que Davi deve escolher, pois não há outra saída. Aqui aparece
mais uma vez sua sinceridade na responsabilidade dos seus atos e sua profunda
religiosidade. O salmo 32,1-2.5-7, dá voz a tudo isso. Ele foi escrito por
ocasião do pecado cometido pelo rei denunciado por Natã, que já vimos na
narrativa anterior com relação ao soldado Urias. “Claramente, o
salmista traça o espiral descendente de transgressões. É uma pirueta notória
com a qual a maioria de nós está familiarizada. Primeiro, nós nos rebelamos ou
nos revoltamos contra a vontade revelada de Deus. Em seguida abandonamos o
caminho que ele traçou para nós, o caminho da retidão. Então, a culpa nos
agarra e nós sofremos o tormento interior de sentimentos desconfortáveis graves.
Sem alívio, a rotina diária de uma consciência sem perdão pode enlouquecer uma
pessoa” (Charles Swindoll in Douglas Connelly - Guia
Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite