Quarta, 31 de janeiro de 2018

(2Sm 24,2.9-17; Sl 31[32]; Mc 6,1-6) 
4ª Semana do Tempo Comum.

Davi comete mais um erro: resolve fazer o recenseamento do povo, que na bíblia era considerado um gesto sagrado, pois Deus é o Senhor do seu povo, só a Ele cabe controlar e contar o número das pessoas. Por isso essa narrativa pode nos parecer estranha. Como consequência vem um castigo, que Davi deve escolher, pois não há outra saída. Aqui aparece mais uma vez sua sinceridade na responsabilidade dos seus atos e sua profunda religiosidade. O salmo 32,1-2.5-7, dá voz a tudo isso. Ele foi escrito por ocasião do pecado cometido pelo rei denunciado por Natã, que já vimos na narrativa anterior com relação ao soldado Urias. “Claramente, o salmista traça o espiral descendente de transgressões. É uma pirueta notória com a qual a maioria de nós está familiarizada. Primeiro, nós nos rebelamos ou nos revoltamos contra a vontade revelada de Deus. Em seguida abandonamos o caminho que ele traçou para nós, o caminho da retidão. Então, a culpa nos agarra e nós sofremos o tormento interior de sentimentos desconfortáveis graves. Sem alívio, a rotina diária de uma consciência sem perdão pode enlouquecer uma pessoa” (Charles Swindoll in Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).    

  
Pe. João Bosco Vieira Leite