Sábado, 31 de dezembro de 2016

 (1Jo 2,18-21; Sl 95[96]; Jo 1,1-18) 
Oitava de Natal.

João interrompe o seu discurso numa linha mais do mistério da revelação de Deus em Jesus e fala sobre um dos problemas enfrentados pela comunidade. Alguns deixaram de caminhar segundo a fé cristã e se tornaram seus opositores.  Os que permanecem receberam uma clara iluminação do Espírito sobre a verdade que abraçaram, independente dos elementos humanos que podem tornar opaca a visão da presença divina em nossas comunidades de fé. Não nos assustemos facilmente com alguns que deixam a comunidade e abraçam outro credo. A maioria, no fundo, nunca conheceu de fato a fé que professa. Não vamos aqui caçar culpados ou demonizar os outros. São coisas que fazem parte do caminho e que podem ser experiências purificadoras.

Voltamos ao evangelho do dia de Natal. O evangelista João se acerca do mistério divino para nos trazer novas luzes a respeito de Jesus. Ele se apropria de um estilo poético litúrgico para entoar um hino ao Verbo divino, para traçar todo esse movimento que antecede à Sua vinda, vida escondida e anunciada pelo Batista, até culminar em Sua chegada e consequências.  É claro que ao estilo do nosso autor, fica claro o posicionamento que tomamos diante da revelação divina, pois nesse jogo de luz e treva, há o caminho e o não caminho.

Pe. João Bosco Vieira Leite