Terça, 20 de dezembro de 2016

(Is 7,10-14; Sl 23[24]; Lc 1,26-38). 
4ª Semana do Advento.

O texto da primeira leitura desse domingo retorna para nos dizer que o sinal extraordinário que Deus queria conceder pelo nascimento virginal do filho da promessa não se realizou no tempo do profeta, mas na plenitude dos tempos. É claro que lido dessa forma até parece que o profeta estava predizendo o nascimento de Jesus, mas não. Tratava-se de Ezequias, o sinal que Acaz resistia em acolher como sinal de que Deus continuaria ao lado do seu povo e que alianças com outros povos eram sempre arriscadas. Mas a liturgia quer nos situar no anúncio do nascimento de Jesus feito pelo anjo à Virgem Maria. Ela passa a chamar-se a ‘cheia de graça’, no particular testemunho da sua confiança e entrega nas mãos de Deus. Que as últimas palavras do anjo também possam ressoar em nossos ouvidos e encontrar acolhida no coração: ‘para Deus nada é impossível’. Que em meio ao nosso cansaço e desesperança façamos dessa certeza um ‘mantra’ de confiança, de respiro e elevação da alma acima de tudo aquilo que nos rouba a paz e a vida em plenitude. 


Pe. João Bosco Vieira Leite