Quinta, 29 de dezembro de 2016

(1Jo 2,3-11; Sl [96]; Lc 2,22-35) 
Oitava de Natal.

A verdade do amor está naquilo que ele gera ou faz, disse alguém. Assim João tenta iluminar a vida prática cristã recordando o mandamento de Jesus: amar o outro como Deus nos ama. Quase impossível, se não fosse a sua graça, pois o amor de Deus transcende qualquer amor humano. O ódio pode nos cegar e sem a Luz divina os tropeços podem ser fatais. O canto novo que podemos entoar a Deus (salmo) é uma vida transformada a partir da luz de Sua Palavra.

Acompanhamos hoje Maria e José que sobem ao Templo para apresentar o Menino, conforme determinava a Lei. Misteriosamente a narrativa de Lucas se inunda de um significado maior do que o simples cumprimento de um rito preestabelecido. A esperança do Antigo Testamento vem ao encontro do Menino, pois reconhece nele a realização das promessas: a luz das nações se esconde naquele pequeno ser. O mistério de sua paixão também se manifesta e toca o coração materno, para realizar a passagem para a sua verdadeira maternidade: ‘quem ouve as minhas palavras e as põe em prática é meu pai, minha mãe e meus irmãos’.


 Pe. João Bosco Vieira Leite