(1Jo 2,3-11; Sl [96]; Lc 2,22-35)
Oitava de Natal.
A verdade do amor está naquilo que ele
gera ou faz, disse alguém. Assim João tenta iluminar a vida prática cristã
recordando o mandamento de Jesus: amar o outro como Deus nos ama. Quase
impossível, se não fosse a sua graça, pois o amor de Deus transcende qualquer
amor humano. O ódio pode nos cegar e sem a Luz divina os tropeços podem ser
fatais. O canto novo que podemos entoar a Deus (salmo) é uma vida transformada
a partir da luz de Sua Palavra.
Acompanhamos hoje Maria e José que
sobem ao Templo para apresentar o Menino, conforme determinava a Lei.
Misteriosamente a narrativa de Lucas se inunda de um significado maior do que o
simples cumprimento de um rito preestabelecido. A esperança do Antigo
Testamento vem ao encontro do Menino, pois reconhece nele a realização das
promessas: a luz das nações se esconde naquele pequeno ser. O mistério de sua
paixão também se manifesta e toca o coração materno, para realizar a passagem
para a sua verdadeira maternidade: ‘quem ouve as minhas palavras e as põe em
prática é meu pai, minha mãe e meus irmãos’.
Pe. João Bosco Vieira Leite