(Is 45,6-8.18.21-25; Sl 84[85]; Lc 7,19-23)
3ª Semana do
Advento.
Ao povo exilado fala o profeta da
fidelidade de Deus, que é único no seu modo sempre novo de expressar o seu
amor. Por que duvida Israel dessa fidelidade? Certamente a sensação de abandono
que experimentam, presente em toda experiência de fé. Assim está João batista
às voltas com suas dúvidas, como vimos nesse domingo na versão de Mateus; Lucas
apenas inverte um pouco a sequência. Deus se manifesta de modo inesperado e
surpreendente em Jesus. Ele se faz um ‘Deus conosco’ de modo tão pleno que gera
um certo transtorno no precursor. Pode existir um Deus assim? “Sou eu o Senhor
e não há outro” (Is 45,18). Jesus propõe a João uma revisão na sua compreensão
de Deus, que veio para salvar e não para condenar. Ainda que João tenha se
confundido um pouco, Jesus lhe é grato e reconhece o ministério profético, mas
o que importa naquele momento é abrir a essa presença do Reino que se faz
sentir, complementa o evangelho de amanhã.
Pe. João Bosco Vieira Leite