Sábado, 10 de dezembro de 2016

(Eclo 48,1-4.9-11; Sl 79[80]; Mt 17,10-13) 
2ª semana do Advento.

A liturgia extrai do livro do Eclesiástico um trecho em que este elogia os homens ilustres de Israel e os propõe como modelo de fidelidade; é assim que o profeta Elias aparece em nosso contexto do Advento. Talvez aqui haja uma relação coma figura de João Batista que foi introduzida no domingo anterior e com que nos encontraremos de novo amanhã. As palavras de João eram como um fogo que brotava do seu coração incendiado de zelo pelo Senhor, como o foi Elias. A intenção das palavras de ambos era provocar uma purificação e transformação que o fogo do Espírito é capaz de realizar. Para o nosso tempo do Advento, Elias vem como uma espécie de precursor que prepara para a vinda do Messias, possibilitando reconhece-lo nas nuances das coisas novas que Deus vai fazendo acontecer.

Vejam que o evangelho explicita essa ligação entre Elias e o Batista na missão de aplainar os caminhos e endireitar as veredas. Mas o texto é também um anúncio de sua Paixão ao associá-lo a João Batista. Então, o fogo por eles prometido (‘Eu vim trazer fogo à terra...) só pode ser desejado, para que nos purifique de todo ódio, rancor, discórdia, que nos impedem de viver de modo mais pleno.



Pe. João Bosco Vieira Leite