Sexta, 30 de junho de 2023

(Gn 17,1.9-10.15-22; Sl 127[128]; Mt 8,1-4) 12ª Semana do Tempo Comum.

“Deus disse a Abraão: ‘Quanto à tua mulher, Sarai, já não a chamarás Sarai, mas Sara” Gn 17,15.

“O tema bíblico da imposição do nome é muito importante, porque o nome identifica-se com a pessoa a quem é imposto. Assim, ao nascituro é dado um nome que exprime a alegria de Deus em fazer brotar a vida de um útero estéril; mas também os nomes de Abrão e Sarai são alterados, com uma mudança de grafia, recebem uma luz nova: Abram, ‘de pai nobre’, torna-se Abrahám, ‘pai de multidão’; Sarai, ‘minha princesa’, torna-se Saráh, ‘princesa’, mãe de todo o povo. O outro elemento característico do texto é a ligação da circuncisão com a Aliança ou pacto: este rito perde assim o significado arcaico de rito de iniciação da puberdade para a vida adulta e adquire um significado histórico, torna-se memória de um gesto salvífico de Deus. Com a maturação da espiritualidade profética, compreender-se-á que a circuncisão da carne, sinal visível de inclusão no Povo de Deus, de nada vale sem a circuncisão do coração, ou seja, a espoliação interior de si mesmo, a libertação das resistências do orgulho e do pecado” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 1] – Paulus).    

Pe. João Bosco Vieira Leite