Sexta, 09 de junho de 2023

 (Tb 11,5-17; Sl 145[146]; Mc 12,35-37) 9ª Semana do Tempo Comum.

“’Portanto, o próprio Davi chama o Messias de Senhor. Como é que ele pode então ser seu filho?’

E uma grande multidão o escutava com prazer” Mc 12,37.

“O Messias é o cumprimento da Promessa, a realização do amor de Deus para com seu povo. Aqueles que ouviam Jesus não o reconheciam, deleitavam-se com sua pregação, com seu ensinamento, mas eram incapazes de dar o passo do discípulo, não conseguiam ver, reconhecer e aceitar Deus diante deles, presente, atuante, gerando comunhão e vida. A figura do Rei Davi exerce tanta importância em Israel, até como legitimação da descendência nobre. Mas apontar o Messias como filho de Davi é dizer que o Messias é menor em seu papel e significado. Jesus aponta para a oração do próprio Davi, que chama de seu Senhor aquele que há de vir, aquele que sentará à direita de Deus. Jesus é maior do que a tradição, maior do que os profetas, maior de que os reis. Jesus é maior que a promessa, pois Ele é a realização da promessa, o sinal de fidelidade de Deus, fidelidade no amor, compromisso de doação. Deus não pode ser submetido a qualquer coisa. Tudo o que construímos, enquanto povo, enquanto identidade, instituição, só tem sentido se nos levar a Deus. Não tem valor à parte de Deus. Jesus é o Senhor de tudo. Ele é quem dá sentido e valor a todas as coisas. – Altíssimo Senhor do céu e da terra, tudo é teu. Teus são o louvor, a honra, toda nossa vida e o nosso coração apontam para a realização da tua glória. Tu és quem nos doa a vida e quem a mantém, quem dá sentido e valor a tudo o que somos e queremos ser. Só em ti, Senhor, nossa vida é real e verdadeira. Queremos ser, Senhor, humildes em nossos corações, e reconhecer a cada instante, com nosso agir e nossas escolhas, que Tu és o único referencial possível, a única fonte de sentido, garantia de vida e vida em abundância. Amém!” (Clauzemir Makximovitz – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite