Sábado, 03 de junho de 2023

(Eclo 51,17-27; Sl 18[19B]; Mc 11,27-33) São Carlos Lwanga e Companheiros mártires.

“Na minha juventude, antes de andar errante, procurei abertamente a sabedoria em minhas orações” Eclo 51,18.

“Carlos, criado do palácio do rei Muanaga, do antigo reino independente de Buganda (hoje província da República de Uganda), recebeu o batismo durante a evangelização dos padres brancos, ordem fundada pelo cardeal Lavigérie. Era 1885. No ano seguinte ele seria queimado vivo em Namogongo com outros doze companheiros, entre guardas reais e pajens, todos jovens. À grande fogueira de 3 de junho seguiu-se o horrendo massacre iniciado a 15 de novembro de 1885, com a decapitação de José Balikuddembe, mordomo do rei, seguido a breve distância pelo martírio de outros cristãos, horrendamente mutilados. Calcula-se que mais de 100 cristãos foram trucidados de 15 de novembro de 1885 a 27 de janeiro de 1887, dia em que João Maria Muzey foi decapitado e lançado em um pântano. Hoje o calendário comemora 22 mártires de Uganda, beatificados por Bento XV a 6 de junho de 1920, e canonizados por Paulo VI a 8 de outubro de 1964. Os padres brancos haviam iniciado a evangelização do país em junho de 1879, inicialmente bem acolhidos pelo próprio rei Mutesa e pelo jovem sucessor, o rei Muanga. Este, porém, se deixou influenciar pelo chanceler do reino e pelos chefes tribais. Mudada a atitude favorável em relação aos cristãos, o rei ordenou a supressão deles e não hesitou em matar alguns com as próprias mãos. Aos 22 santos ugandenses foi erigido em Namugongo um grande santuário, consagrado por Paulo VI durante sua viagem a Uganda, em julho de 1969” (Mario Sgarbosa – Os santos e os beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente – Paulinas). 

Pe. João Bosco Vieira Leite