(At 7,51—8,1; Sl 30[31]; Jo 6,30-35)
3ª Semana da Páscoa.
A liturgia nos omite parte do longo
discurso de Estevão (7,1-50) em que ele faz memória da história da salvação e
conclui responsabilizando os seus algozes de não acolherem a salvação que se
nos apresenta em Jesus. Assim acaba por partilhar da sorte final de Jesus e
cujo mistério de ressurreição contempla em mística experiência. A leitura
salienta a figura de Saulo que aqui desponta e assiste numa silenciosa
aprovação. No salmo 31 (vv. 3-4.6.8.17.21) se propõe a confiança com que vive
sua ‘paixão’, como Cristo: “Este salmo de confiança contém, entre outras, uma
expressão que figura na narração de Lucas da Paixão (‘Pai, nas tuas mãos
entrego meu espírito’ – Lc 23,46) e que ecoa também na narrativa do martírio de
Estevão (‘Senhor Jesus, recebe meu espírito’: - At 7,59). Lemos ainda no versículo
6: ‘Nas tuas mãos entrego meu espírito’. Estas palavras e o inteiro salmo
exprimem a confiança total do fiel em Deus” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite