(At 4,13-21; Sl 117[118]; Mc 16,9-15)
Oitava de Páscoa.
Os chefes religiosos, mesmo resistindo,
percebem que algo novo tinha acontecido, não só pelo milagre ocorrido, mas até
pela segurança percebida na fala dos apóstolos. Só lhes resta liberarem os
mesmos, pois havia também o povo, advertindo-os de não pregarem sobre Jesus,
como se isso fosse algo simples. Assim como Deus libertou o seu povo no
passado, Ele age em favor de sua Igreja. É nesta perspectiva que o salmo
118,1.14-21 se repete com outros versículos. Seu autor é desconhecido. Seu
conteúdo celebra a libertação de Deus, por isso faz parte da série de seis
salmos (113-118) usados durante a festa judaica da Páscoa. “Nós hoje
podemos ter a fé pascal em virtude do poder da Palavra e da ação interior do
Espírito. O testemunho apostólico ampara continuamente a nossa fé. E esta fé na
presença vivificante de Jesus transforma a nossa vida, concede-nos um olhar de
esperança sobre a realidade, sustenta o nosso esforço em favor da humanidade e
do mundo novo nascido da Ressurreição. Podemos assim começar a escutar e a ver
os sinais de vida nova que o Senhor está a gerar na nossa história e notar o
dom e a responsabilidade de nos tornarmos Suas testemunhas: ‘Não podemos calar
o que vimos e ouvimos’ (At 4,20)” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite