(1Pd 5,5-14; Sl 88[89]; Mc 16,15-20)
4ª Semana da Páscoa.
Nessa semana a Igreja faz memória de
São Marcos, mesmo não sendo um dos Apóstolos, é celebrado como tal pela sua
autoria do evangelho que leva o seu nome e sua participação na evangelização
inicial da Igreja e de onde ‘bebeu’ as informações que partilha conosco sobre
Jesus em sua convivência com Pedro, Paulo e os demais evangelizadores iniciais.
O salmo 89 ilustra essa palavra essa carta de Pedro que faz menção do
evangelista. Ele canta a fidelidade de Deus, apesar de certos fatos
contradizerem a Sua aliança estabelecida desde sempre com a casa de Davi. “Marcos
foi o primeiro a escrever um evangelho. Com isso criou não apenas um gênero
literário totalmente novo, mas realizou também um grande feito teológico. No
tempo em que Marcos escreveu seu evangelho, circulavam certamente coletâneas
das palavras de Jesus, assim como as havia dos pronunciamentos de outros homens
santos que comoviam as pessoas com seus milagres. Só que estas eram
transmitidas apenas oralmente. Mas, além de interessar-se pelas palavras de
Jesus, Marcos se interessa também pelos fatos. Jesus é mais que um mestre cuja
doutrina se pode aprender e seguir. Sua importância reside justamente em sua
pessoa e na história única de sua vida. Em Jesus, o amor de Deus irrompeu no
mundo. O que acontece com Jesus é anunciação. Jesus nos legou mais do que
palavras. Ele encontrou pessoas, curou doentes, insurgiu-se contra a estreiteza
da doutrina dos fariseus. E, finalmente, morreu na cruz. Na hora de sua morte,
o sol escureceu. Foi um acontecimento visível a todos, que abalou a todos os
presentes. Com seu evangelho e com a descrição da paixão, da morte e
ressurreição de Jesus, Marcos pretende abalar seus leitores. Eles precisam
reconhecer que o próprio Deus agiu em Jesus, e que, por meio dele, ele continua
agindo também em nós” (Jesus, Caminho para a Liberdade –
Anselm Grün – Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite