Quarta, 25 de abril de 2018


(1Pd 5,5-14; Sl 88[89]; Mc 16,15-20) 
4ª Semana da Páscoa.

Nessa semana a Igreja faz memória de São Marcos, mesmo não sendo um dos Apóstolos, é celebrado como tal pela sua autoria do evangelho que leva o seu nome e sua participação na evangelização inicial da Igreja e de onde ‘bebeu’ as informações que partilha conosco sobre Jesus em sua convivência com Pedro, Paulo e os demais evangelizadores iniciais. O salmo 89 ilustra essa palavra essa carta de Pedro que faz menção do evangelista. Ele canta a fidelidade de Deus, apesar de certos fatos contradizerem a Sua aliança estabelecida desde sempre com a casa de Davi. “Marcos foi o primeiro a escrever um evangelho. Com isso criou não apenas um gênero literário totalmente novo, mas realizou também um grande feito teológico. No tempo em que Marcos escreveu seu evangelho, circulavam certamente coletâneas das palavras de Jesus, assim como as havia dos pronunciamentos de outros homens santos que comoviam as pessoas com seus milagres. Só que estas eram transmitidas apenas oralmente. Mas, além de interessar-se pelas palavras de Jesus, Marcos se interessa também pelos fatos. Jesus é mais que um mestre cuja doutrina se pode aprender e seguir. Sua importância reside justamente em sua pessoa e na história única de sua vida. Em Jesus, o amor de Deus irrompeu no mundo. O que acontece com Jesus é anunciação. Jesus nos legou mais do que palavras. Ele encontrou pessoas, curou doentes, insurgiu-se contra a estreiteza da doutrina dos fariseus. E, finalmente, morreu na cruz. Na hora de sua morte, o sol escureceu. Foi um acontecimento visível a todos, que abalou a todos os presentes. Com seu evangelho e com a descrição da paixão, da morte e ressurreição de Jesus, Marcos pretende abalar seus leitores. Eles precisam reconhecer que o próprio Deus agiu em Jesus, e que, por meio dele, ele continua agindo também em nós” (Jesus, Caminho para a Liberdade – Anselm Grün – Loyola).

 Pe. João Bosco Vieira Leite