(Is 42,1-7; Sl 26[27]; Jo 12,1-11)
Semana Santa.
Desde ontem, domingo de Ramos, nesta
segunda, terça, quarta e sexta-feira Santa acompanharemos como primeira leitura
os ‘cânticos do servo do Senhor’, atribuídos ao profeta Isaias. Os estudiosos
dividem-se em ver neles uma experiência pessoal ou mesmo comunitária,
representando todo o Israel. No novo testamento os quatro cânticos são
aplicados a Jesus, como uma grandiosa profecia de sua missão, paixão e
glorificação. Hoje temos a vocação e a missão do servo, típica do profeta. É
possível perceber o cuidado especial de Deus por ele. A pregação e a ação do
servo estão marcadas por um estilo que dificilmente encontraríamos numa só
pessoa. Ao mesmo tempo aqui se levanta os conflitos que o servo encontrará em
sua missão, por isso a liturgia nos traz o salmo 27 (vv. 1.5.2-3.13.14): “’O
Senhor’, disse ele, ‘é o meu forte refúgio; de quem terei medo?’ (v. 1). A
confiança de Davi estava no próprio Senhor, não apenas naquilo que o Senhor era
capaz de fazer. [...] O medo é um dos problemas mais paralisantes da vida.
Tememos o conhecido e tememos o desconhecido. O salmo 27 é um cântico que tem
por objetivo matar aquele dragão em sua vida, ou pelo menos mantê-lo acuado e
sob controle” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender
Salmos - Thomas Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite