(Mq 7,14-15.18-20; Sl 102[103]; Lc 15,1-3.11-32)
2ª Semana da Quaresma.
Da voz de Miquéias recolhemos esta
oração carregada de muitos significados que lançam luzes sobre o texto de Lucas
sobre o pai misericordioso ou pródigo. Ele pede que Deus venha a ser pastor
como fez no passado, mas a pedra de toque é esse reconhecimento de um Deus
misericordioso que sempre pode agir novamente com misericórdia. Ele o faz, Ele
é assim. Essa certeza empolga o salmista (Sl 103,1-4.9-12) e o faz elevar um
hino de louvor e bênção: “Um dos mais respeitados comentaristas de
Salmos aprendeu a louvar a Deus enquanto vivia nas profundezas do sofrimento
humano. Claus Westermann foi mantido em um campo de prisioneiro alemão durante
a Segunda Guerra Mundial. A única coisa que ele tinha consigo era um pequeno
Novo Testamento com os salmos em alemão. Nos horrores de um campo de
prisioneiros, Westermann aprendeu a louvar a Deus. Após a sua libertação, ele
escreveu extensivamente sobre o louvor como o centro dos salmos. Não é trágico
que em meio à prosperidade e à liberdade tão raramente haja louvor a Deus
brotando de nosso lábios ou surgindo em nosso coração?” (Douglas
Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson
Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite