Sábado, 17 de março de 2018


(Jr 11,18-20; Sl 7; Jo 7,40-53) 
4ª Semana da Quaresma.

Ontem e hoje as imagens traduzidas na primeira leitura nos aproximam do mistério da paixão. O profeta Jeremias eleva o seu lamento diante de Deus. Sente-se oprimido pelos próprios amigos, pois sabe-se inocente, a ponto de comparar-se com um cordeiro. Só lhe resta colocar a sua causa diante d’Aquele que sonda os sentimentos e o coração. O salmo 7,2-3.9-11.18 prolonga a oração do profeta. Composto por Davi quando vítima de uma campanha difamatória de um indivíduo chamado Cuxe ou Kush, da tribo de Benjamim; ele pede proteção a Deus e ao final eleva o seu louvor.  “Você já foi alvo de uma mentira? Normalmente você é a última pessoa a ouvir sobre ela. O inimigo permanece abaixado, fora da vista. Ele sussurra seu segredinho para um grupo seleto, que espalhará o boato por toda a empresa ou por toda a igreja. Quando ouve o que está sendo dito, você mal consegue acreditar. Porém, quanto mais se defende, mais fundo você cava o poço da desconfiança que os outros têm. O que podemos fazer quando nossa integridade é atacada? Fazer o que Davi fez. Contamos para Deus e pedimos que ele nos defenda. Nós nos refugiamos no Senhor, atrás do seu escudo de proteção. Deixamos as consequências virem sobre as pessoas que estão falando mal de nós. 'Quem cava um buraco e o aprofunda cairá nessa armadilha que fez. Sua maldade se voltará contra ele; sua violência cairá sobre a sua própria cabeça’ (vv. 15-16). Davi parou de tentar responder aos seus acusadores. Ele simplesmente deixou que Deus tratasse disso. Deus deve ter silenciado Cuxe, porque não lemos mais sobre ele em nenhum lugar da Bíblia. Deus não faz coisas pela metade. Ele é o altíssimo – acima de nossos inimigos. Conseguimos ter paz quando permitimos que Deus nos proteja” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).   

 Pe. João Bosco Vieira Leite