Terça, 04 de julho de 2017

(Gn 19,15-29; Sl 25[26]; Mt 8,23-27) 
13ª Semana do Tempo Comum.

Retomamos a nossa leitura junto a Abraão. Logo depois de se despedirem de Abraão, os três visitantes lhe anunciam o fim de Sodoma e Gomorra, onde está Ló. Temendo por seu sobrinho, Abraão, num papo bastante amigável com Deus negocia a possibilidade de alguns justos salvarem a cidade da destruição. Nem dez justos havia por lá, mas Deus, por causa de Abraão resolve salvar Ló e sua família (com exceção da esposa): “A narração bíblica, enquanto atribui à direta causalidade divina o mistério da força destruidora da Natureza, pretende salvaguardar a equidade do Senhor: se a Natureza, assolada pelo pecado do homem, é cega, não o é a vontade divina, que poupa os justos à morte. Voltar-se para trás por parte da mulher indica, mais que curiosidade, a necessidade de certezas, incapacidade de seguir em frente confiando totalmente no Senhor. O fato de se tornar estátua de sal, sugerido pelas fantasiosas concreções que se formam nas margens do mar Morto, exprime muito eficazmente a imobilidade e a esterilidade de quem acolhe só com reservas o apelo de Deus” (Giuseppe Casarin - Lecionário Comentado - Paulus).  O evangelho da tempestade acalmada, recorda aos discípulos e a nós, que apesar das dificuldades que atravessamos, nada de mal verdadeiramente acontece a quem confia no Senhor.



Pe. João Bosco Vieira Leite