(Gn 19,15-29; Sl 25[26]; Mt 8,23-27)
13ª Semana do Tempo Comum.
Retomamos a nossa leitura junto a
Abraão. Logo depois de se despedirem de Abraão, os três visitantes lhe anunciam
o fim de Sodoma e Gomorra, onde está Ló. Temendo por seu sobrinho, Abraão, num
papo bastante amigável com Deus negocia a possibilidade de alguns justos
salvarem a cidade da destruição. Nem dez justos havia por lá, mas Deus, por
causa de Abraão resolve salvar Ló e sua família (com exceção da esposa): “A
narração bíblica, enquanto atribui à direta causalidade divina o mistério da
força destruidora da Natureza, pretende salvaguardar a equidade do Senhor: se a
Natureza, assolada pelo pecado do homem, é cega, não o é a vontade divina, que
poupa os justos à morte. Voltar-se para trás por parte da mulher indica, mais
que curiosidade, a necessidade de certezas, incapacidade de seguir em frente
confiando totalmente no Senhor. O fato de se tornar estátua de sal, sugerido
pelas fantasiosas concreções que se formam nas margens do mar Morto, exprime
muito eficazmente a imobilidade e a esterilidade de quem acolhe só com reservas
o apelo de Deus” (Giuseppe Casarin - Lecionário Comentado -
Paulus). O evangelho da tempestade acalmada, recorda aos discípulos e a
nós, que apesar das dificuldades que atravessamos, nada de mal verdadeiramente
acontece a quem confia no Senhor.
Pe. João Bosco Vieira Leite