(Ct 3,1-4; Sl 62[63]; Jo 20,1-2.11-18)
Santa Maria Madalena, discípula
de Jesus.
Fazemos uma pausa nesse dia para
contemplar o amor de Maria Madalena por Jesus servindo-se de certo tom
erótico/afetivo com que se traduz o livro dos Cânticos; talvez essa brecha
tenha permitido tantos pensamentos estranhos sobre a relação entre Madalena e
Jesus. Mas o evangelho de João lança uma luz mais clara da missão a esta
reservada de ser a primeira a anunciar a Sua ressurreição. “Maria Madalena é
padroeira das mulheres. Ela é o sinal de esperança para as mulheres que tantas
vezes se sentem dilaceradas, arrastadas de um lado para o outro pelas
exigências da criação dos filhos, do cuidado da casa, da profissão, em seu
próprio caminho espiritual. Em Maria Madalena, elas reencontram sua própria
identidade. É a identidade da mulher amada por Cristo e incondicionalmente
aceita por Ele. É a identidade da mulher espiritual, que entende mais o
mistério da morte e ressurreição que os homens. As mulheres encontram em Maria
Madalena a coragem de confiar em seu próprio anseio de amor. Não são
primordialmente quaisquer métodos que levam a Deus, mas o amor, que está
disposto a atravessar a dor e a decepção para procurar aquele que sua alma ama”
(Anselm Grun – 50 Santos – Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite