(Ex 14,5-18; Sl Ex 15; Mt 12,38-42)
16ª Semana do Tempo Comum.
Chegamos ao ápice da saída do Egito com
o momento da travessia. Moisés, ainda paciente, experimenta já os primeiros
lamentos de quem não entendeu a proposta de libertação. O canto que segue, como
na noite da Vigília Pascal, complementa a narrativa. “É possível fazer
esta passagem apenas pela fé, a de Moisés, que procura dar um sentido a uma
evidência que parece absurda, e que sobretudo procura que o povo se dirija para
o Senhor. No seu medo Israel jamais nomeia a Deus; Moisés, pelo contrário, fala
somente n’Ele: o Senhor é que combaterá, é isso que lhe permitirá serem fortes.
Moisés chama o povo a uma fortaleza fundada não nas sua próprias forças, mas no
Senhor. O povo, saído orgulhosamente de mão erguida, deve agora colher-se na
mão de Deus. A saída do Egito, o abandono de um lugar de escravidão, mas também
de segurança material, começa a tornar-se sinal de um outro êxodo que o povo
deverá realizar. Os acontecimentos obrigam os israelitas a mudar a fonte de
suas seguranças” (Giuseppe Casarin - Lecionário Comentado -
Paulus). Ao pedirem um sinal, os escribas confirmam não crerem em Jesus.
Se não creem, só lhes resta voltar-se sobre os textos sagrados para
compreenderem o sinal em Jesus que Deus lhes oferece. A resposta de Jesus vai
em dois tempos: a sua ressurreição e a conversão dos pagãos que vão acolher a
Palavra de Salvação.
Pe. João Bosco Vieira Leite