Terça, 09 de maio de 2023

(At 14,19-28; Sl 144[145]; Jo 14,27-31) 

5ª Semana do Tempo Pascal.

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo.

Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” Jo 14,27.

“Jesus prometeu-nos a sua paz e no-la dá, mas claramente nos adverte que não devemos confundir a paz que ele nos dá com a paz que o mundo dá. Com efeito, a alegria e a paz do mundo são passageiras: um sorriso, uma gargalhada, uma festa com baile e música, copiosa bebedeira, muito ruído até altas horas da manhã; tudo isso e coisas semelhantes, que vemos na vida mundana, podem ocultar grandes e profundas tristezas e comumente não é difícil que produzam dilaceradoras desilusões. A paz que Cristo dá é, ao invés, uma paz muito mais íntima, profunda, paz da alma que depressa transborda para o exterior, mas que se manifesta não alvoroçadamente, mas de mansinho. Aquele que tem Cristo vive em paz, pois pensamento algum é tão agradável ao coração como pensar que Cristo nos ama e está presente em nós. Daí que o cristianismo, que tem Cristo, não tem motivo para deixar-se levar pela tristeza, ainda nos momentos difíceis da vida, pois nada existe na vida que nos possa separar de Cristo; sempre será enriquecido o nosso coração com a segurança certa do prêmio, que temos de receber no céu. Vivência: Não pense que a tristeza agrada a Deus; os salmos repetem-nos com insistência evidente: ‘’servir ao Senhor com alegria’, ‘a música é boa’, ‘louvai o Senhor com instrumentos de música’, ‘servi ao Senhor com o coração transbordante de alegria’. A alegria também é um meio de evangelização; não apresente jamais a mensagem do Senhor como algo acabrunhante e entristecedor, mas com o exultante júbilo daquele que vive um Deus que é a felicidade dos eleitos e que preenche de infinita paz e alegria os que o aceitam e a ele se entregam” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite