Quarta, 24 de maio de 2023

 (At 20,28-38; Sl 67[68]; Jo 17,11-19) 7ª Semana da Páscoa.

“Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que me deste. Eu guardei-os

e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura” Jo 17,12.

“Jesus não poupa seus discípulos das tribulações que o mundo lhes prepara. Melhor dizendo: o Mestre não lhes reserva um lugar especial, geograficamente separado, onde estejam imunes de tentações. A prova de sua fé acontece no confronto com o Maligno. É então que podem dar mostras da solidez ou da fragilidade de sua adesão ao Senhor. No colóquio com o Pai, Jesus alude ao fato da deserção de um discípulo, seduzido pelo Maligno: ‘Nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição’. Nesta dolorosa exceção, sente-se como que fracassado em sua missão. Todo seu ministério foi marcado por uma dedicação exemplar àqueles que o Pai lhe confiara. Guardava-os, com desvelo, para não se desviarem do caminho. Falava-lhes do Pai, revelando-lhes a sua face amorosa. Consagrou-os na verdade e os enviou para serem continuadores de sua missão. Entretanto, além de não tê-los segregado, também não os privou da liberdade. Assim, ficou aberto o espaço para a infidelidade e a deserção. Alguém deu mais atenção ao mundo que à palavra do Mestre. Foi o que fez Judas, o ‘filho da perdição’. Foi-lhe franqueada a salvação. Ele, porém, a rejeitou. A perseverança dos discípulos é obra do Espírito, força divina que os move a resistir diante das sugestões do Maligno. Quem é cauteloso sabe como precaver-se! – Pai, reforça minha fidelidade a Jesus, de maneira que o Maligno não prevaleça sobre mim. Protege-me contra a maldade do mundo, consagrando-me na verdade (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite