Quinta, 25 de maio de 2023

(At 22,30; 23,6-11; Sl 15[16]; Jo 17,20-26) 7ª Semana da Páscoa.   

“[...] para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós,

a fim de que o mundo creia que tu me enviaste”. Jo 17,21.

“Quem está uno em si é capaz também de se unir aos outros. Mas por outro lado é verdadeiro também que só podemos encontrar a nossa singularidade quando descobrimos a nossa união com os outros, com Deus e com todo o universo. A união não é uma simples circunstância. É necessário procurá-la. Para Jesus, a unidade da Igreja não se resume na proclamação da doutrina pura que não admite dissenso. O que importa é que a Igreja não se afaste da palavra de Jesus, para que este lhe abra os olhos de modo que ela possa ver a realidade como ela é, ou seja, a glória de Deus que se manifesta na carne deste mundo. Na palavra de Jesus, a Igreja se descobre como sendo desse mundo, tendo parte, inclusive, em todos os conflitos que caracterizam esse mundo, as lutas de poder, as rivalidades, as ciumeiras e as intrigas; mas ao mesmo tempo ela está mergulhada no mundo de Deus. Estando no mundo ela não é, no entanto, desse mundo. Ela respira a liberdade de Deus. E essa liberdade é uma conquista constante em que o cristão individual se distancia do mundo de ódio e de alienação para mergulhar no âmbito divino do amor, da paz e da luz” (Anselm Grun – Jesus, porta para a vida – Loyola).

Pe. João Bosco Vieira Leite