(1Cor 6,1-11; Sl 149; Lc 6,12-19)
23ª Semana do Tempo Comum.
Paulo segue num tom enérgico e
corretivo em sua carta. Desta vez ele contempla a situação de litígio entre os
irmãos da comunidade que acabam recorrendo a um juízo comum, pagão, expondo a
própria situação em que se encontram: incapazes de superar os atritos que
surgem entre eles, testemunhando assim um cristianismo enfraquecido, não
disposto ‘a perder para ganhar’. A recomendação do evangelho não seria buscar
entre eles um irmão que pudesse ajudar na resolução do problema, antes de
tornar a coisa pública? Por fim Paulo recorda que todos nós viemos de uma
condição de pecado, fomos restaurados em Cristo. Não podemos regredir na nossa
busca da santidade de vida.
Contemplamos aquele momento em que
depois de uma noite de oração, Jesus chama, entre os seus discípulos, aqueles
doze que o acompanharão mais de perto. De Jesus aprendemos que a oração nos
capacita para tomarmos boas decisões. “Como nenhum outro evangelista, Lucas
descreve Jesus como alguém que orava. Jesus é o grande orante. Nos mais
importantes acontecimentos de sua vida ele ora. Ele ora antes de tomar
decisões. Sempre de novo Jesus se retira para lugares ermos, a fim de orar ao
Pai. Quando Lucas escreve sobre Jesus como orante, ele sempre já pensa na fé do
cristão, para quem a oração é sobretudo o caminho para aguentar as aflições
desta vida. Assim como Jesus supera os seus sofrimentos pela oração, também o
cristão deve se agarrar a Deus na oração, a fim de, através de todas as
aflições, chegar à glória celeste. A oração é o caminho para o cristão se
exercitar na atitude de Jesus, e ficar compenetrado de seu espírito” (Anselm
Grun –Jesus, modelo do ser humano – Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite