(Dn 7,9-10.13-14; Sl 137[138]; Jo 1,47-51)
Santos Anjos
Miguel, Gabriel e Rafael.
A liturgia da Palavra desse dia é
montada sob a menção das escrituras desses servidores de Deus: os Anjos. Não se
diz exatamente como são, mas fala-se da sua existência: Deus é o criador também
das ‘coisas invisíveis’. “Os anjos são, pois, servidores e mensageiros de
Deus. Pelo fato de que ‘veem sempre a face do Pai que está no céu’, como se lê
no evangelho de Mateus, eles são ‘executores poderosos da sua palavra,
obedientes ao som da sua palavra (Salmo 103,20).
São Miguel, como expressão da
onipotência de Deus, recebeu, desde o começo da história do cristianismo, um
culto particular. Constantino e Justiniano erigiram-lhe dois santuários nas
duas extremidades de Bósforos. Em Roma o arcanjo domina a cidade do alto da
Mole Adriana, a qual tomou o nome de Castelo Santo Anjo.
São Gabriel, ‘aquele que está diante de
Deus’, é o anunciador por excelência das divinas revelações: anuncia ao profeta
Daniel o retorno do exílio do povo eleito; leva a Zacarias a notícia da
iminente concepção do precursor do Messias. Depois, é-lhe confiada a missão
mais alta que possa ser dada a uma criatura: o anúncio a Maria da Encarnação do
Filho de Deus.
São Rafael é nomeado em um único livro
das escrituras: tem a missão de acompanhar o jovem Tobias para tornar-lhe
seguro o caminho por estradas desconhecidas e lhe sugere a receita para curar o
pai da cegueira temporária (Rafael significa de fato ‘Deus cura’),
sendo por isso invocado como protetor de quem se põe em viagem e como patrono
de quem se dedica à cura dos doentes” (Mario Sgarbosa – Os Santos e os
beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente – Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite