(Ef 4,1-7.11-13; Sl 18[19A]; Mt 9,9-13)
Festa de São Mateus.
O evangelho desse domingo se concluía
com a expressão de Cristo: “não podeis servir a Deus e ao dinheiro”, conservada
também por Mateus como testemunho de uma virada de vida. Ele, coletor de
impostos, foi chamado por Cristo a tomar uma decisão em sua vida, conforme o
nosso evangelho. Para despedir-se de sua antiga vida e de seus companheiros ele
faz uma festa.
Celebramos com a cor vermelha pelo fato
de ser apóstolo, não tanto pelo seu martírio, cujas fontes não são confiáveis.
Seu evangelho está voltado para a comunidade judaica onde apresenta a Cristo
como mestre que ultrapassa a lógica do preceito em Moisés para chegar à
perfeição do Pai. Em Jesus toda profecia se cumpre.
“São Mateus chama a sua narrativa
evangelho e não podia dar-lhe um nome mais apropriado; ela é propriamente uma
boa nova, pois que anuncia a todos, até aos mais malvados entre os homens, a
homens em guerra contra Deus, assentados na noite da ignorância e da
superstição, a abolição dos castigos aos quais estavam condenados, o perdão dos
seus pecados, o reino da justiça, os meios para se tornarem santos, a graça da
adoção como filhos de Deus, a herança de seu reino, a honra de se tornarem
irmãos do Filho de Deus. Quais outras novas tiveram o valor desta? Deus na
terra, o homem no céu. Admirável reconciliação de todas as coisas...” (São João
Crisóstomo, Homilia I).
Pe. João Bosco Vieira Leite