(1Cor 10,14-22; Sl 115[116]; Lc 6,43-49)
23ª Semana do Tempo
Comum.
Paulo faz uma espécie de contraposição
entre o culto idolátrico pagão e o culto cristão mediante a celebração da
Eucaristia, lembrando que esta nos coloca em uma relação profunda com o próprio
Jesus, unindo-nos ao Seu mistério redentor e assim fazer de nossa vida uma
oferenda ao Pai, como Ele o fez e nós recordamos a cada dia. E o melhor,
cria-se também uma relação entre nós. Na oração sobre as oferendas dessa semana
pedimos que esse sacrifício reforce entre nós os laços de amizade.
O discurso de Lucas, feito na planície
e não na montanha, como Mateus, conclui-se com alguns tópicos de convite ao
discernimento por parte daqueles que querem ser seus discípulos de fato. Nesse
olhar para si e para os outros, um olhar sobre os frutos que produzimos, frutos
desse enraizamento em Cristo. Uma vez que resolvemos caminhar com Ele e para
Ele, nossos passos vão definindo nosso modo de ser, marcados pelas mudanças
significativas. Tudo é um processo lento, mas gradativo que exige um mínimo de
planejamento e boa vontade de fazer bem feito o percurso sem improvisos que
gerem problemas futuros. É praticamente impossível caminhar sem tempestades,
ventos contrários e pequenos abalos sísmicos.
Pe. João Bosco Vieira Leite